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Brasil

Após recorde em 2022, importação de armas no Brasil cai para 52,9% em 2023, diz ministério

A velocidade de aumento das importações continuou em dois dígitos e novos recordes foram registrados em 2020, 2021 e 2022.

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A importação de armas despencou em 2023. Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que o Brasil comprou US$ 40,7 milhões em revólveres e pistolas no ano passado. O valor é 52,9% menor que o visto no ano anterior.

A redução das importações acontece após o governo adotar medidas para tentar reduzir o armamento na população. Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que restringiu o acesso a alguns tipos de armamento pelas pessoas físicas. Além disso, o governo aumentou as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pagos por armas de fogo e munições.

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Historicamente, o Brasil sempre foi um país que importou poucas armas de fogo. A série histórica do MDIC mostra que, na média, o país comprou oficialmente US$ 1,2 milhão em revólveres e pistolas a cada ano entre 1997 e 2017.

Os números começaram a mudar em 2018, quando o governo federal mudou regras e passou a facilitar a importação legalizada desses itens. Naquele ano, a legislação passou a autorizar que empresas estrangeiras disputem concorrência pública para a compra de armamento para as forças de segurança no país.

Desde então, o volume de armas cresceu rapidamente: aumento de 433% em 2018, quando o Brasil comprou US$ 11,9 milhões em revólveres e pistolas. Recorde histórico. No ano seguinte, o aumento foi de 79% e as importações ultrapassaram US$ 20 milhões – novo recorde.

A velocidade de aumento das importações continuou em dois dígitos e novos recordes foram registrados em 2020, 2021 e 2022. No último ano do governo Jair Bolsonaro, o volume de importações saltou 122% e atingiu o máximo histórico de US$ 86,5 milhões.

Na semana passada, a Polícia Federal divulgou relatório que mostrou que o registro de armas de fogo por pessoas físicas caiu 82% em 2023 na comparação com o ano anterior. Os dados são do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), que registrou 20.822 novas armas de fogo para defesa pessoal, menor número desde 2004.

Áustria, Itália e EUA

Quase metade de todas as armas e revólveres comprados pelo Brasil no ano passado vieram da Áustria: US$ 19,3 milhões ou 47,4% de todas as importações. O país é sede da Glock, conhecida pelas pistolas semiautomáticas que custam a partir de R$ 10 mil no mercado brasileiro.

Em segundo, aparece a Itália, origem de 12,8% das importações. O país é sede da Beretta, tradicional fabricante europeu de armas de fogo. O ranking dos maiores fornecedores tem, ainda, os Estados Unidos, origem de 10% dos revólveres e pistolas comprados oficialmente pelos brasileiros em 2023.

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