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Brasil

Após proibição da Justiça, controladores de voo desistem de greve em todo país

Cancelamento da greve dos controladores se deve à decisão da Justiça do Trabalho, que proibiu a interrupção dos serviços, sob pena de multa.

Os controladores aéreos da empresa estatal NAV Brasil, representados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV), desistiram da greve que havia sido convocada para segunda-feira (9/10).

O cancelamento da paralisação se deve à decisão da Justiça do Trabalho, que proibiu a interrupção dos serviços, sob pena de uma multa diária de R$ 100 mil.

Como noticiado pelo Metrópoles, a Justiça determinou que 100% dos empregados que atuam no serviço de controle do tráfego aéreo do país continuassem operando normalmente.

De acordo com o despacho do ministro José Godinho Delgado, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), 90% dos empregados que atuam nas atividades de segurança e operação aérea deveriam se manter em operação normal.

No caso dos demais trabalhadores, que não estão ligados ao controle do tráfego aéreo e à segurança, a paralisação poderia atingir até 40% das operações.

A NAV Brasil havia pedido à Justiça que declarasse o movimento grevista ilegal, o que não ocorreu. A estatal se disse “supreendida” com a convocação do sindicato. Para a companhia, a paralisação comprometeroa “a segurança nacional e a segurança da navegação aérea e dos usuários” e “compreende os horários mais críticos para o tráfego aéreo nacional”.

Na segunda-feira, os controladores de voo pretendiam suspender as atividades por uma hora, das 7h às 8h. Se não fosse fechado um acordo até o dia 16, a ideia seria ampliar o horário de paralisação para duas horas por dia, das 7h às 8h e das 18h às 19h, sempre nos horários de pico.

O sindicato reivindica um reajuste salarial de 8,5% para os trabalhadores, além de melhorias no auxílio-saúde e abertura de novos concursos para a contratação de pessoal nos setores administrativo e operacional da NAV Brasil. A empresa, por sua vez, propôs um aumento salarial de 4,83%, mas o sindicato recusou a oferta.

Se a paralisação ocorresse, seriam afetadas decolagens em 23 aeroportos do país, entre os quais Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), o que certamente levaria a um caos aéreo.

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