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Brasil

Amazônia Legal tem metade das cidades com pior saneamento, aponta ranking de 2025 do Instituto Trata Brasil

Brasil registra leve queda nos índices de saneamento, com 16,9% da população sem acesso à água potável e 44,8% sem coleta de esgoto.

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O Brasil enfrenta desafios significativos em saneamento básico, com desigualdades regionais acentuadas, especialmente na Amazônia Legal. O Instituto Trata Brasil, em parceria com GO Associados, divulgou o Ranking do Saneamento 2025, revelando que a média nacional de abastecimento de água e esgoto piorou ligeiramente.

Nove das 20 cidades com os piores índices de saneamento estão na Amazônia Legal. O estudo, que analisa dados de 2023, destaca que Campinas (SP), Limeira (SP) e Niterói (RJ) estão entre as melhores colocadas. Em contrapartida, o Pará, que sediará a COP-30 em Belém, tem três municípios entre os piores, incluindo a capital.

A média nacional de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto apresentou uma leve queda. Os índices de 2023 são de 93,91% no acesso à água, 77,19% na coleta de esgoto e 65,11% no tratamento. Segundo Luana Pretto, presidente executiva do Instituto Trata Brasil, essa redução é um ajuste à realidade demográfica, refletindo dados mais precisos do novo Censo.

O estudo evidencia que o Norte do Brasil concentra os piores resultados. Além das cidades paraenses, Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) figuram entre os 20 municípios com os piores índices. Em contraste, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás dominam a lista das melhores cidades.

Atualmente, 16,9% da população brasileira ainda não tem acesso à água potável, e 44,8% não contam com coleta de esgoto. Esses dados impactam diretamente a saúde, a produtividade e a qualidade de vida da população.

Os 20 municípios com os piores índices investem, em média, R$ 78,40 por habitante, 65% abaixo do necessário para a universalização do saneamento, que é de R$ 223,82. Apenas 23 cidades atingiram a meta de acesso à água de 99%, e somente duas alcançaram a universalização do tratamento de esgoto.

Luana Pretto enfatiza que a universalização do saneamento no Brasil só será possível se o tema for tratado como uma prioridade política. O planejamento de longo prazo e a busca por recursos financeiros são essenciais para a melhoria do setor.


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