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Amazonas

Wilson Lima mantém 18 funcionários comissionados na vice-governadoria, mesmo sem a presença do vice-governador

O vice governador disse que “o que tem acontecido de indicação e nomeação de pessoas para a vice-governadoria não é outra coisa senão improbidade administrativa

Polícia Federal na sede do Governo do Amazonas – Foto: Sandro Pereira /Ag. Estadão Conteúdo

A gestão do governador Wilson Lima (PSC) mantém 20 funcionários, sendo 18 comissionados e 2 efetivos, na vice-governadoria, com uma folha pagamento de aproximadamente R$ 75 mil mensais e custos que já somam R$ 1,7 milhão este ano, mesmo sem a presença do vice-governador Carlos Alberto Almeida Filho, que não despacha mais na sede do governo desde quando rompeu com Wilson, em maio de 2020, após denunciar corrupção envolvendo a alta cúpula da administração.

De acordo com dados de setembro, a SGVG tem 20 funcionários, incluindo um secretário executivo, com salário de R$ 11.700,00, e dois secretários executivos adjuntos, com salários de R$ 9.000,00.  Nos custos da SGVG ainda há gastos com empresa copiadora, certificação digital, diária, alimentação, diária para funcionário acompanhar agenda do governador e pagamento  de indenização de ex-servidora por ter sido exonerada grávida.  A secretaria já empenhou R$ 1,7 milhão (R$ 1.746.893,95) e pagou R$ 1,6 milhão (R$ 1.663.677,04) com funcionários e outros custos, neste ano de 2021.

O vice-governador Carlos Almeida Filho disse que os funcionários dele foram demitidos em dois momentos: um em setembro do ano passado e em em maio deste ano. “Em setembro, quando aconteceu esta situação, eu fui judicializar, evidentemente, dizendo o óbvio, até porque o governador tem controle sobre o estado inteiro, mas sobre um aspecto, ele não deve ter , que é a boa ação do vice-governador, até porque eu não sou subordinado a ele”, disse.

Segundo Almeida, em maio, quando ele se filiou ao PSDB, houve  o “estopim para que então fizessem a invasão” no gabinete dele, e o governador exonerasse 100% de seus funcionários. “Eu deixei de ter controle completo de tudo que acontece lá dentro porque o pessoal que vem sendo nomeado desde o ano passado, não faço a menor ideia de quem são, não tenho controle de quem são, nunca nem os vi”.

O vice governador disse que “o que tem acontecido de indicação e nomeação de pessoas para a vice-governadoria não é outra coisa senão improbidade administrativa”. E que “essa improbidade parte do governador” porque o ato não é dele. “Se não estão trabalhando para mim, então é ilegal o que está acontecendo”, afirmou.

Almeida disse que a invasão de seu gabinete é crime de ação penal pública incondicionada que deveria ser investigada pela polícia estadual. “É algo que eles têm de tomar de ofício. Já houve a representação com todos os fatos e documentações. Se a polícia não está tomando providências, ela está prevaricando. E a polícia que está subordinada ao Bonates (Loismar Bonates, ex-secretário de Segurança), inclusive, de fato, até hoje, vai querer avançar para mostrar isso, que o mandante disso foi o próprio governador? lógico que não”, afirmou.

Vice-governador Carlos Almeida diz que marca do governador Wilson Lima é a prevaricação

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