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Amazonas

Três réus são condenados por atirar em homem após discussão em culto religioso no Amazonas

Em plenário, a vítima da tentativa de homicídio afirmou que foi alvo dos acusados por ter se negado a ceder sua casa para servir de ponto para traficantes.

Em julgamento realizado pela 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus e concluído na tarde de quinta-feira (05/10), os réus Leonardo Martins de Lima, Randson da Costa Correa e Kaike Gomes da Silva foram condenados, pelo Conselho de Sentença, por tentativa de homicídio contra um homem de 48 anos, após uma discussão ocorrida durante um culto religioso. O crime ocorreu na noite de 18 de outubro de 2017, no Conjunto Cidade de Deus, bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus.

O julgamento da Ação Penal n.º 0637472-05.2017.8.04.0001 começou na quarta-feira (04/10) e teve a sentença lida na tarde de quinta-feira, com Leonardo Martins de Lima e Kaike Gomes da Silva sendo condenados a 10 anos e seis meses de prisão, cada, e Randson da Costa Correa recebendo a pena de 11 anos e seis meses de prisão.

Os três réus aguardavam o julgamento em liberdade e somente Kaike Gomes da Silva não compareceu para acompanhar o julgamento e ser interrogado em Plenário. Leonardo e Randson, por sua vez, embora tenham comparecido, optaram por ficar calados e não responderam às perguntas durante o julgamento.

Como a sentença condenatória foi abaixo de 15 anos de reclusão, o magistrado concedeu o direito de os réus recorrerem da sentença em liberdade. Assim que a sentença transitar em julgado, os réus deverão ser presos para iniciar o cumprimento da pena em regime inicial fechado.

A sessão de julgamento, realizada no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, foi presidida pelo juiz de direito Carlos Henrique Jardim da Silva. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) destacou o promotor de justiça Luís do Rego Lobão Filho para atuar na acusação. O defensor público Gabriel Herzog Kehde atuou na defesa dos réus Leonardo Martins de Lima e Randson da Costa Correa. Kaike Gomes da Silva teve em sua defesa o advogado Arlyson Alvarenga do Nascimento.

De acordo com o inquérito policial, Leonardo, Randson e Kaike foram até a residência da vítima para executá-la em razão de uma discussão ocorrida antes, em um culto evangélico. Kaike teria sido o autor dos disparos que atingiram a vítima (nome preservado por questão de segurança) que, em depoimento em plenário, disse que sua morte estaria encomendada, porque traficantes da área queriam tomar sua casa para fazer um ponto de venda de entorpecentes.

Os três acusados foram presos em flagrante, por uma guarnição da Polícia Militar que estava próxima do local do crime. Segundo os autos, Randson e Kaike confessaram, na delegacia, a participação na tentativa de homicídio e afirmaram que Leonardo, que dirigiu o táxi que os levou ao local do fato, tinha conhecimento da prática do crime.

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