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Amazonas

Sindicatos reagem a Wilson Lima e anunciam assembleias para decidir sobre volta às aulas presenciais

Os sindicatos de trabalhadores em Educação consideram que o plano de retorno apresentado pelo governador é falho e coloca em risco de contaminação e morte toda a comunidade escolar.

O Sindicato dos Professores de Manaus (AspromSindical) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) reagiram ao anúncio da voltas às aulas presenciais na rede estadual de ensino, anunciada nesta terça-feira pelo governado Wilson Lima (PSC), e convocaram assembleias para reunir seus associados e decidir se entram em greve de protesto conta a medida, em plena epidemia de Covid-19. Os sindicatos defendem manter tele aulas até que “as medidas de segurança sanitária sejam reais”.

A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, não descarta uma greve da categoria diante do anúncio de volta às aulas presenciais para o dia 10 de agosto. “Vamos conversar com os trabalhadores e, se for do desejo da categoria, a greve não está descartada”, disse

Ela disse que “a pandemia não acabou” e que “domingo mais uma professora faleceu em decorrência do novo coronavírus”. Segundo Ana Rodrigues, o vírus continua circulando e “mesmo dividindo os alunos, as salas continuam lotadas pois na rede estadual, as turmas têm 50, 60 estudantes e as salas não têm janelas”. Ela questiona: “como duas pias vão dar conta de higienizar as mãos de centenas de alunos?”.

Em nota, o AspromSindical informou que os professores foram “nefastamente surpreendidos com a notícia macabra, dada pelo governador, de que os professores da rede pública estadual de ensino terão que retornar ao trabalho presencial nas escolas da Seduc no próximo dia 3 e que os alunos terão de retornar no dia 10”.

A nota diz que “a nefasta surpresa se deu porque o secretário de Educação, Luiz Fabian, jurou para a diretoria do sindicato, em reunião realizada no dia 24 (sexta-feira passada), que o governo ainda não tinha nenhuma data definida para o possível retorno das aulas presenciais”. “Vimos agora que o secretário deve ter sido enganado pelo governador ou estava nos enganando, o que é mais provável”, acrescenta a nota.

Os sindicatos consideram que o plano de retorno apresentado pelo governador é falho e coloca em risco de contaminação e morte toda a comunidade escolar. Também consideram que a preocupação do governador é apenas cumprir prazos, índices e metas para o Ministério da Educação e que o trabalhador foi esquecido.

Exigência de testes

Na coletiva, o governador Wilson Lima afirmou que qualquer trabalhador atendido pelo plano de saúde Hapvida – oferecido pela Secretaria de Educação – poderia fazer o teste da covid-19.

Ao sair da escola Elisa Bessa Freire, a presidente do Sinteam se deslocou até o Hospital Rio Negro mas não conseguiu fazer o exame. “O médico que me atendeu disse que eu precisaria passar por uma consulta na clínica e somente o clínico geral decidiria se me encaminharia para fazer o teste. Ou seja, a informação não procede”, disse Ana Cristina Rodrigues.

O AspromSindical exige que o plano inclua reformas de todas as janelas das salas de aulas e das salas de professores para permitir a perfeita circulação de ar natural dentro destes espaços, “condição básica de segurança determinada pela OMS” e a testagem em massa de trabalhadores e alunos sem a utilização de testes rápidos ( para detectar principalmente os contaminados assintomáticos) e o estabelecimento de um rígido controle do poder público sobre o transporte coletivo urbano (para evitar a contaminação de professores e alunos que, obrigatoriamente, utilizarão o ônibus como meio de transporte para as escolas).

A assembleia do AspromSindical está marcada para o dia 1 de asgosto, partir das 8h30, na Praça Heliodoro Balbi ( Praça da Polícia), no Centro de Manaus. O Sinteam ainda não informou a data e o local da assembleia.

Rede estadual do AM retoma aulas presenciais a partir de 10 de agosto em Manaus, informa Seduc

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