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Amazonas

Simeam e epidemiologista informam que falta oxigênio em unidades de saúde de Manaus

O pesquisador e epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz/Amazônia, e o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Viana, informaram que já há falta de oxigênio em várias unidades de saúde de Manaus.

O pesquisador e epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz/Amazônia, e o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Viana, informaram, na manhã desta quinta-feira (14/01) que já há falta de oxigênio para pacientes de Covid-19 em várias unidades de saúde de Manaus.

A situação em Manaus voltou a se agravar nas últimas horas, segundo relato de profissionais que atuam em hospitais da cidade atendendo pacientes de Covid-19.

Mário Viana denunciou que recebeu informações de médicos e outros profissionais de saúde sobre a gravidade da falta de oxigênio em unidades e pediu a imediata intervenção federal no sistema de saúde do Amazonas, para tentar salvar vidas.

Orellana afirmou à jornalista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que tem recebido vídeos, áudios e relatos telefônicos de pessoas que atuam na linha de frente de unidades de saúde com informações dramáticas.

“Estão relatando efusivamente que o oxigênio acabou em instituições como o Hospital Universitário Getúlio Vargas e serviços de pronto atendimento, como o SPA José de Jesus Lins de Albuquerque”, afirma ele.

“Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia”, diz ainda o pesquisador. “Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, deve ficar com sequelas cerebrais permanentes.”

Mônica Bergamo informou que procurou o Hospital Getúlio Vargas. Profissionais da UTI não quiseram comentar a informação, desviando a chamada para o ramal da direção da instituição, que não atendeu. Na recepção, a atendente disse que ninguém no hospital poderia conversar com a reportagem pois a situação era “de emergência”.

Bergamo disse que conversou também com profissionais da área de saúde que afirmam que a situação é dramática e muitas pessoas ainda vão morrer já nas próximas horas por falta de assistência.

Segundo a jornalista, uma das profissionais disse, chorando, que os pacientes estão sendo “ambuzados”, ou seja, recebendo oxigenação de forma manual, já que os respiradores estão sem oxigênio. De acordo com ela, cada profissional consegue ambuzar um paciente por no máximo 20 minutos, quando tem que ceder lugar a outro técnico, o que torna a rotina de procedimentos arriscada, insuportável e caótica.

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