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Amazonas

Em protesto contra ‘pacote de maldades’ do governo, servidores do Amazonas falam em parar o Estado

Projeto do governador suspende até o segundo quadritrimestre de 2021 reajustes, aumentos ou adequação de remuneração, revisões gerais, datas-bases, promoções e progressões funcionais de todos os servidores públicos.

“Se a lei passar, o Estado vai parar”, estão gritando, na manhã desta quinta-feira, no plenário da Assembleia Legislativa (ALE), servidores e representantes de sindicatos e associações de funcionários  públicos do Amazonas que serão prejudicados pelo  projeto de Lei do governador Wilson Lima (PSC) que suspende os reajustes salariais e promoções até 2021. Eles ocupam as dependências da ALE  para pressionar os deputados a votarem contra.

 

De acordo com a matéria, ficam suspensos até o segundo quadritrimestre de 2021 “reajustes ou aumentos remuneratórios de caráter continuado como: aumentos ou adequação de remuneração, revisões gerais, datas-bases, promoções e progressões funcionais de todos os servidores públicos civis e militares, ativos ou inativos”.

Estão na ALE os representantes da Associação de Cabos e Soldados, da Associação dos Praças e Associação dos Subtenentes e Sargentos, e do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação. Em posts nas redes sociais, as entidades estão convocando os seus associados a irem para a Assembleia e ameaçam uma greve geral na máquina administrativa, se a lei for aprovada.

Em entrevista ao programa ’18horas’, na noite de quinta-feira, as presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), Cleidinir Francisca, e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteam) Ana Cristina Rodrigues, chamaram o projeto do governo de “pacote de maldades” e disseram que o projeto prejudica os funcionários públicos que mais precisam, os mais humildes. E que o governo Wilson Lima tem se demonstrado o pior da história, pela falta de diálogo com os servidores.

“Se for necessário haverá greve geral para colocarmos na conta desse governo e dos deputados. Se falta dinheiro não é culpa do sindicato. É culpa de quem gastou mais do que devia. Fora Wilson Lima!”, disse a  professora Beatriz Calheiros.

“Esse governo em apenas seis meses quebrou o Estado. O governo vem gastando irresponsavelmente E agora a mordaça cai sobre os trabalhadores’, disse o deputado Wilker Barreto.

Pressão do vice

O presidente da ALE, deputado Josué Neto (PSD), informou que a reunião realizada entre os deputados estaduais e o vice-governador do Estado, Carlos Alberto Souza de Almeida Filho (PRTB), quinta-feira (11), foi para discutir o conteúdo das matérias governamentais que serão votadas nesta sexta-feira (12). De acordo com Josué Neto, o vice-governador foi defender o projeto do governo.

Sobre o sentimento e a posição dos colegas quanto às iniciativas do governo, Josué declarou que não tem procuração para falar em nome deles. “Eu não tenho procuração para dizer se será aprovado ou não. O que podemos dizer é que a Assembleia fez o que pôde para tratar e debater essas matérias que chegaram nos últimos cinco dias”, disse.
Ao todo, o Governo do Estado enviou à Aleam cinco mensagens com Projetos de Lei (PL), Projeto de Lei Complementar (PLC) e Projeto de Emenda Constitucional (PEC), que representam um pacote de medidas para contenção de gastos e garantia de obtenção de novas fontes de receita ao Estado.

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