Risco de vida: presidente do Ieti diz que 800 profissionais para UTIs do governo estadual em Manaus não têm especialização e experiência

A presidente do Instituto de Enfermeiros Intensivistas do Amazonas (Ieti), Suzany Teixeira, informou, nesta terça-feira (28/11) que a Secretaria de Saúde do Estado (SES-AM), divulgou uma relação de 1.043 enfermeiros intensivistas, do Edital de Chamamento Público 02/2023, com pelo menos 800 sem especialização e experiência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Sabemos que essas pessoas irão assumir as 40 Unidades de Terapia Intensiva na cidade de Manaus no dia 1º de dezembro. Sabemos também que os pacientes que ali encontram-se, em número de 410, estarão correndo o risco de vida. Os enfermeiros que não possuem experiência nas Unidades de Terapia Intensiva não têm como atuar”, denuncia.

“Nós estamos falando em prol da população que cuidamos há 30 anos. Temos que ter responsabilidade técnica em cima de todo procedimento realizado para substituição. Solicitamos que isso seja visto pelas autoridades e que venham a intervir nesse processo que, com certeza, vai prejudicar uma população tão querida, como a população de Manaus”, disse Suzany Teixeira.

O Edital é baseado no Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado (Aeam), a pedido do governador Wilson Lima (UB), para contratação direta de enfermeiros, sem concurso e com salários abaixo do piso nacional, programada para o dia 1º de dezembro deste ano.

De acordo com o Ieti, em carta ao chefe da Casa Civil do Estado, Flávio Cordeiro Filho, ao controlador-geral do Estado, Jeibson dos Santos e ao Secretário de Saúde, Anoar Samad, com as contratações, o serviço de enfermagem nos hospitais públicos do Estado podem entrar em colapso, com possibilidades de aumento de mortalidade no sistema de saúde do Estado.

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