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Amazonas

Relatório do Cimi mostra que o Amazonas foi o segundo estado com maior número de assassinatos de indígenas em 2020

O relatório destaca s ações da Polícia Militar do Amazonas, no que ficou conhecido como ‘Massacre do rio Abacaxis’, nos municípios de Borba e Nova Olinda do Norte.

O Amazonas foi o segundo estado onde houve mais assassinatos de indígenas em 2020. Foram 41, segundo dados o “Relatório da Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2020”, publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e divulgado na última quinta-feira (28/10). O Estado com maior número foi Roraima, 66.

O relatório destaca s ações da Polícia Militar do Amazonas, no que ficou conhecido como ‘Massacre do rio Abacaxis’, nos municípios de Borba e Nova Olinda do Norte, que resultou na morte de dois indígenas do povo Munduruku e de pelo menos quatro ribeirinhos, além de dois policiais.

Em 2020, foram registrados 182 assassinados de indígenas no país, um número 61% maior do que o registrado em 2019, com 113.

Os dados do Cimi são baseados em dados parciais da Secretaria de Estado da Saúde Indígena (Sesai) do governo federal, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

O relatório mostra que houve 110 suicídios de indígenas em todo o país, sendo 42 no Amazonas, em 2020.

Segundo os dados da Sesai, foram registrados 776 mortes de crianças de 0 a 5 anos em 2020, sendo 250 no amazonas.

Em 2020 foram registrados 304 casos de violência contra indígenas. São eles: abuso de poder (14); ameaça de morte (17); ameaças várias (34); assassinatos (182); homicídio culposo (16); lesões corporais dolosas (8); racismo e discriminação étnico-cultural (15); tentativa de assassinato (13); e violência sexual (5). Em 2019 foram registrados 277 casos, muitos dos quais por abuso de poder.

Ameaças, racismo e discriminação étnico-cultural ocorreram quando os indígenas buscavam atendimento ou assistência em meio à pandemia. Além das mortes e da fome que atingiu muitas comunidades em situação de vulnerabilidade extrema, o preconceito e o racismo foram agravantes do sofrimento vivenciado no ano passado pelos povos indígenas durante a crise sanitária.

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