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Amazonas

Presidente parabeniza ministro por ação no Rio Madeira, diz agência

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou, no Twitter que operação destruiu 69 balsas em mineração ilegal na Amazônia.

Pelo menos 31 balsas e 69 dragas, equipamentos usados para sugar areia e barro do leito do rio, em busca de ouro, foram destruídos pela operação conjunta da Polícia Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

“Operação planejada rápida, e executada eficientemente. Somente hoje (17), a @policiafederal e o @brasil_IBAMA já destruíram 69 balsas em mineração ilegal na Amazônia”, tuitou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, junto com fotos e vídeos de diversas balsas em chamas na margem de um rio.

“Parabéns pela ação”, respondeu o presidente Jair Bolsonaro no Twitter.

As informações são da Agência France Press, reproduzidas pela imprensa nacional, neste domingo (28).

Pelo menos 300 balsas de dragagem foram instaladas em Vleiras ao longo do leito do Rio Madeira – um ahuente do Amazonas – na semana passada, após rumores de uma recente descoberta de ouro.
Após a repercussão das imagens, as autoridades anunciaram uma operação para coibir a atividade ilegal que, embora seja de conhecimento público, se intensiVcou nas últimas semanas.

No sábado (27), muitos dos garimpeiros haviam se dispersado para cidades vizinhas, segundo a ONG ambientalista Greenpeace Brasil, que também postou fotos de barcos pegando fogo em suas redes sociais.

“Boa parte das dragas destruídas já havia saído da cidade de Autazes, onde haviam sido originalmente hagradas, e se encontravam em cidades vizinhas como Nova Olinda do Norte. Dez garimpeiros foram presos e vários outros fugiram, e não há relatos de feridos”, informou a ONG pelo Twitter.

A Polícia Federal, o Ibama e o Ministério da Justiça não responderam às perguntas da AFP sobre o balanço oVcial da operação, da qual também participou a Marinha.
“Esta ação prova que o Brasil tem capacidade para enfrentar a ilegalidade e garantir a proteção dos nossos rios, horestas e comunidades tradicionais. Basta vontade política!”, destacou o Greenpeace.

Um relatório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em conjunto com o Ministério Público Federal revelou em julho que apenas 34% das 174 toneladas de ouro exploradas entre 2019 e 2020 no Brasil têm origem comprovada, ou seja, realizam a extração legal.

Barcaças queimadas boiando, manchas de óleo diesel e colunas de fumaça preta formavam a paisagem do RioMadeira, um dia depois de a Polícia Federal iniciar a operação de desmonte da concentração de barcas de garimpeiros na altura do município de Autazes (AM). Os garimpeiros podiam ser encontrados com mulheres e crianças nas margens do rio, no caminho para Borba, município a 210 quilômetros de Manaus onde a maioria se refugiou.

Os tripulantes abandonaram as dragas em pequenos portos, na selva ou até em um banco de areia no meio do rio. De lá, tentavam voltar para sua cidade de origem de carona em outro barco. Para evitar reações quando começam a inutilizar o equipamento, os agentes da PF jogam gás de pimenta, disparam balas de borracha para o alto e dão alguns minutos para os garimpeiros saírem da balsa, antes de jogarem combustível para atear o fogo.

“A gente trabalhava aqui no Madeira há três anos. Nunca destruíram nada. Isso nunca aconteceu”, queixou-se o garimpeiro Luiz Henrique Ribeiro, de 26 anos, que pedia carona às lanchas que passavam no Rio Madeira para voltar a Novo Aripuanã (AM). “Eles podem fazer isso, mas o garimpo não vai acabar. Tem muito ouro aqui”, disse.

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