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Amazonas

Prefeito de Tabatinga é alvo de operação da PF e suspeito de desviar recursos da Educação

Segundo a PF, Saul Bermeguy é suspeito de participar de fraudes em contratos de licitação no âmbito da Prefeitura Municipal de Tabatinga/AM, por meio da captação de recursos do FUNDEB, para construção de escolas e creches públicas já inauguradas e edificadas com materiais de qualidade precária

A PF esteve na manhã desta terça-feira (13) na sede da Prefeitura de Tabatinga, e na casa do prefeito, em Manaus

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (13/07), a Operação MAGÜTA, como andamento das investigações de pertencimento a organização criminosa, fraude em licitação, desvio de recursos públicos, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, o prefeito de Tabatinga (AM), Saul Bermegut (MDB), secretários municipais e funcionários do alto escalão realizaram licitações fraudulentas com um grupo de empresários locais, cujo o objetivo foi simular a lisura na formalização do procedimento licitatório para construção de escolas e creches municipais.

Conforme a Polícia Federal, há indícios de que o Prefeito Municipal de Tabatinga em exercício escolhia as empresas vencedoras previamente à licitação e, após receber valores do FUNDEB, montava o procedimento licitatório para realização de obras municipais já inauguradas. Ao final, pagava os empresários envolvidos nas fraudes, os quais posteriormente se apropriavam
dos valores repassados e devolviam parte do lucro.

A ação da Polícia Federal visa a cumprir mandados judiciais expedidos pelo Tribunal
Regional Federal da 1a Região, sendo 18 mandados de busca e apreensão, além de
cumprimento de 12 medidas cautelares de afastamento de cargos públicos, por 90 dias,
bem como impedimento de frequentar repartições públicas, nas cidades de Tabatinga/AM,
Manaus/AM e Benjamin Constant/AM.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de
fraude à licitação, corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, pertencimento a
organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de
até 44 anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão à maior comunidade de indígenas da região amazônica
do Alto Solimões, diretamente prejudicada pelos atos criminosos apurados na operação.