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Amazonas

Polícia investiga ONG após denúncia de abusos sexuais contra usuárias de drogas internadas

Uma denunciante afirmou também que o suspeito mantinha relações sexuais com outras internas, todas vulneráveis por causa do vício em drogas, sem dinheiro e lugar para morar.

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Sítio da ONG suspeita de lavar dinheiro de doações em Manaus. (Foto: Alexandro Pereira/Rede Amazônica)

Mulheres em situação de vulnerabilidade relataram terem sido vítimas de abuso sexual dentro da Organização Não Governamental (ONG) “Pai Resgatando Vidas”, em troca de comida e material de higiene pessoal. Os responsáveis pelo instituto foram presos na terça-feira (7), suspeitos de lavar dinheiro de doações para pessoas em situação de rua em Manaus. Reportagem exibida pela Rede Amazônica teve acesso ao inquérito que investiga a ONG e integrantes da instituição.

Em um depoimento à polícia, uma mulher, que ficou quatro anos no instituto, afirmou que fazia sexo com Cid Marcos Bastos Reis Maia, que é o chefe da ONG, em troca de alimentação, roupas e produtos de higiene básica.

A mulher afirmou também que o suspeito mantinha relações sexuais com outras internas, todas vulneráveis por causa do vício em drogas, sem dinheiro e lugar para morar.

Responsáveis por ONG presos

A Polícia Civil do Amazonas prendeu os fundadores da ONG “Pai Resgatando Vidas” na manhã de terça-feira (7). Entre as pessoas presas estão Cid Marcos Bastos Reis Maia, conhecido como “Pai Marcos”, que é o responsável pela instituição, além do filho dele, identificado como Wilson.

O g1 não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.

Além das prisões, a polícia também fez a apreensão de quatro carros da família, lanchas e moto aquática.

A PC disse que a quadrilha sacava grandes quantias em dinheiro e comprava bens para uso próprio, principalmente carros de luxo.

Os responsáveis pela organização devem responder pelos crimes de organização criminosa, maus-tratos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Além de Cid Marcos e o filho, a Justiça determinou a prisão de outros seis suspeitos de integrar a quadrilha, o sequestro dos bens e a suspensão de páginas nas redes sociais.

Nesta quarta-feira (8), dois suspeitos foragidos se apresentaram na delegacia. Imecsom Taveira Esmith e Tito Fabio Rocha Reis vão responder as acusações presos. A polícia está à procura de outros quatro suspeitos que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.

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