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Amazonas

PF destrói 200 balsas de garimpo ilegal no Amazonas em operação que já dura três dias

A Polícia Federal informou que a operação ainda está em curso e que um balanço final será divulgado ao término das ações.

A Polícia Federal no estado do Amazonas realiza desde segunda-feira uma operação de combate ao garimpo que já destruiu ao menos 200 balsas utilizadas para a atividade ilegal no Rio Madeira. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, publicou nesta quarta-feira,30/8, um vídeo que mostra os equipamentos do garimpo sendo incendiados no rio.

“Em operação iniciada nesta última segunda-feira, 148 pontos de garimpo ilegal foram destruídos na Amazônia. Depois de anos de anomia e leniência com crimes, estamos zelando para o cumprimento das leis, em favor das atuais e futuras gerações”, escreveu Dino no Twitter.

A Polícia Federal informou que a operação ainda está em curso e que um balanço final será divulgado ao término das ações. A corporação considera que essa operação contra o garimpo no Amazonas já é a maior da história.

Em junho, a PF já havia realizado, também no interior do Amazonas, a operação Tuyu Vive, em conjunto com o Ibama, na qual quatro barcas foram destruídas perto da fronteira com a Colômbia. No mesmo mês, foi deflagrada uma operação contra uma quadrilha suspeita de garimpar ouro ilegalmente. Em parceria com o Exército, a PF cumpriu três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão em Manaus, Porto Velho e Ponta Grossa (PR).

Um dos alvos na ocasião foi um “militar de alta patente” que teria recebido propina de empresários para repassar informações privilegiadas sobre operações contra a extração ilegal de minérios na Amazônia.

A PF investiga ainda a presença de garimpeiros na região do Rio Abacaxis, onde oito pessoas foram mortas pela Polícia Militar do Amazonas em agosto de 2020. O massacre completou três anos neste mês sem um desfecho na Justiça.

Os investigadores já concluíram que as mortes de ribeirinhos e indígenas do Rio Abacaxis foram resultado de “vingança” dos policiais militares por causa do assassinato de dois colegas dias antes. Mas, recentemente, foi aberta uma nova frente de apuração sobre o garimpo na área, atividade que teria apoio de PMs. “A existência de uma atividade sistêmica na região do Rio Abacaxis de garimpo ilegal é mais um indício da atuação de uma poderosa organização criminosa”, diz o inquérito da PF.

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