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Amazonas

Péssima qualidade do ar pelo 3º dia em Manaus mostra que ações das autoridades contra queimadas não estão funcionando

Os governos federal e estadual vêm anunciando medidas para combater as queimadas no Estado mas até agora não há sinais de que tenham dado algum resultado.

Fumaça cobriu vários bairros da cidade. (Foto:Reprodução)

Manaus amanheceu, nesta sexta-feira (13/10) novamente encoberta pela fumaça de queimadas e com a qualidade do ar péssima, de acordo com o AppSelva, lançado pela Universidade do Estado (UEA). É o terceiro dia seguido em que a população enfrenta o problema, indicando que as ações anunciadas ou colocadas em prática pela autoridades contra as queimadas foram ineficazes e ainda não estão funcionando para diminuir a espessa fumaça que cobre a cidade.

AppSelva, da UEA, mostra péssima qualidade do ar na manhã desta sexta-feira (13/10) em Manaus.

Os governos federal e estadual vêm anunciando medidas para combater as queimadas no Estado mas até agora não há sinais de que tenham dado algum resultado. A população da capital sofre as consequências da péssima qualidade do ar pelo menos há três dias. A cidade foi tomada por uma espessa fumaça que causa graves riscos para a saúde, principalmente de crianças e idosos.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas, informou que densa fumaça em Manaus é consequência das queimadas nos municípios vizinhos de Careiro e Autazes, causadas por agropecuaristas. A ação dos brigadistas do Ibama não até agora não foi suficiente para combater os focos de incêndio e reduzir a poluição do ar na cidade.

Segundo o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Autazes é o quarto município com mais registros de queimadas em toda a Amazônia Legal em outubro, totalizando 236 focos de calor nos primeiros dez dias do mês. Careiro e Autazes estão localizados ao longo da BR-319 (Manaus-Porto Velho).

O governo do Estado anunciou que já aplicou R$ 17 milhões em multas contra responsáveis por queimadas em todo o estado. Que ampliou a atuação dos bombeiros e de estaduais no combate à “onda de calor”. Que teria o apoio de quatro aeronaves para intensificar o combate aos incêndios. A qualidade do ar em Manaus só piorou após os anúncios das medidas.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar um pedido de intervenção federal no Estado do Amazonas, que tem sofrido com a forte estiagem e registrou quase 7 mil focos de queimadas em setembro.

A solicitação foi feita pela Defensoria Pública do Estado, que alerta para uma nova crise do oxigênio. O órgão afirma que a medida é necessária devido à “ausência de ações estruturantes” por parte do governador, Wilson Lima (União Brasil).

Apesar de ser uma providência extrema, prossegue a Defensoria, a intervenção seria uma medida para evitar novas queimadas, responsabilizar os desmatadores ilegais e elaborar planos de curto, médio e longo prazo para a solução do problema.

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