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Amazonas

Peixes de viveiro comercializados por supermercados são seguros, afirmam especialistas

Consultor ressalta não haver qualquer motivo para relacionar o consumo de peixe da piscicultura à rabdomiólise, doença que vem afetando alguns municípios do Amazonas

Os casos têm em comum a ingestão de peixes. (Foto: Eliana Nascimento/G1 AM)

O peixe de viveiro comercializado nos supermercados cumpre uma série de protocolos antes de chegar à mesa da população. Uma das exigências, dizem os especialistas, é o Atestado Sanitário. Por conta de todo esse processo de rastreio da cadeia produtiva e das fiscalizações dos órgãos competentes, o engenheiro de pesca Erivan Oliveira, que atua como consultor de diversos frigoríficos, ressalta não haver qualquer motivo para relacionar o consumo de peixe da piscicultura à rabdomiólise, doença que vem afetando alguns municípios do Amazonas.

Entre os certificados necessários para fornecer pescado estão, além do Atestado Sanitário, o Guia de Trânsito Animal. Os frigoríficos, diz ele, passam por inspeções periódicas para verificar, por exemplo, se estão sendo seguidas as regras de acondicionamento de temperatura do peixe e as boas práticas de manipulação e higienização. Os carros que fazem o transporte do pescado até os compradores também passam por inspeção para avaliação dos itens mencionados.
De acordo com Erivan, quando o peixe chega aos supermercados passa novamente pelo controle de qualidade. “Um profissional veterinário é responsável por monitorar internamente toda a qualidade dos produtos”, destacou.

Em matéria distribuída nesta quarta-feira (01) pelo Governo do Estado do Amazonas, o superintendente federal de Agricultura no estado, Guilherme Pessoa, também reforça que é precipitada essa relação da doença com o consumo de peixe. “Nós já temos a certeza de que peixes de tanque, da piscicultura, não existe nenhum relato no mundo que possa ser associado com rabdomiólise”, destaca.

Segundo o titular da Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), Leocy Cutrim, a indevida associação do peixe como vetor da doença, aliada à proliferação de notícias falsas sobre o tema, só serve para prejudicar o setor primário e toda uma cadeia de produção que envolve a atividade pesqueira e o consumo do alimento no estado. Cadeia que, de acordo com ele, segue rigorosos protocolos de segurança.

Em vídeo que circula nas redes sociais o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Ocidental), Roger Crescêncio, reafirma que não há nenhum registro no mundo de casos de rabdomiólise por consumo de peixe criado em cativeiro. “Na história do mundo, até hoje, a doença nunca foi encontrada em peixe de cativeiro. O peixe mais seguro para se comer é o da piscicultura”, assegurou.

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