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Amazonas

Pandemia: Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão no Amazonas, DF e mais 7 Estados

Operação Vírion investiga contratações suspeitas de irregularidades “que envolveriam cerca de R$ 50 milhões, utilizados na aquisição de insumos respiradores, testes rápidos, material informativo impresso e leitos em hospitais”.

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quinta-feira (13) 36 mandados de busca e apreensão em 8 estados e no Distrito Federal. A ação mira suspeitos de fraudar licitações de produtos e serviços utilizados no combate à pandemia do novo coronavírus em Roraima. As informações são da CNN Brasil.

Segundo a PF, a Operação Vírion investiga contratações suspeitas de irregularidades “que envolveriam cerca de R$ 50 milhões, utilizados na aquisição de insumos médico-hospitalares básicos, respiradores, testes rápidos, material informativo impresso e leitos em hospitais particulares”.

Os mandados são cumpridos nos estados do Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Roraima, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Investigações

As investigações apontam que um ex-secretário de saúde de Roraima teria se articulado, quando ainda estava no cargo, com um deputado estadual e direcionado contratações para empresas que faziam parte do esquema, promovendo inclusive o rateio de percentuais de quanto seria destinado a cada companhia.

O parlamentar pedia a servidores que dessem andamento aos processos e pagamentos do interesse dele, e cobrava antecipadamente os repasses destinados às empresas envolvidas.

O grupo, então, se aproveitaria da possibilidade de contratações diretas, em razão da pandemia, para facilitar os crimes, informou a PF. “Verificou-se que os procedimentos não seguiam ordem cronológica, de forma que processos mais antigos seriam preteridos em favor dos de interesse do grupo”.

Além disso, o processo ficava concentrado em único setor da Secretaria de Saúde, sem qualquer transparência ou publicações.

A ação desta quinta conta com apoio de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou diversos indícios de sobrepreço e irregularidades nas contratações e pagamentos.