Pandemia: governador do Amazonas nega lockdown e anuncia medidas mais restritivas de circulação no Estado

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) informou, em pronunciamento na tarde deste sábado, que não haverá lockdown (fechamento total) em Manaus. Segundo ele, as informações que circularam nas redes sociais são ‘fake news’.

Ele anunciou que vai publicar um decreto com medidas mais restritivas de circulação, mais rígidas, a partir de segunda-feira, por 10 dias, para tentar diminuir a transmissão do do vírus causador da Covid-19 no Estado. Segundo o governador, as restrições passarão a ser de 24 horas: as pessoas só poderão sair para atividades essenciais, ida ao supermercado e receber atendimento médico.

De acordo com o Decreto, a partir de segunda os supermercados supermercados ficam abertos de 6h às 19h, para venda de alimentos, bebidas e de higiene pessoal, exclusivamente.

As farmácias e drogaria ficam abertas 24h.

Também estarão funcionando plenamente os serviços de saúde, clínicas e hospitais.

As feiras funcionarão das 4h às 8h da manhã.

Restaurantes, bares e padaria só funcionarão no sistema de entrega, o delivery.

As obras devem ser suspensas, com exceção daquelas das áreas de saúde.

O transporte só será permitido para cargas e insumos essenciais à vida. E para os trabalhadores das atividades permitidas, essenciais.

As indústrias poderão funcionar em turnos de 12 horas, com exceção dos setores alimentação, farmacêuticos e de itens para hospitais.

Por dez dias, a circulação de pessoas será restrita. Só devem circular e sair de casa se houver extrema necessidade, para ir a supermercados e farmácias, por exemplo. E só uma pessoa de cada família deve sair, por vez, para essas atividades essenciais.

Segundo o governador, a medida é para diminuir aglomerações e tentar quebrar a cadeia de transmissão do vírus novo que circula no Amazonas, que tem capacidade muito grande de transmissão: cada 100 infectados transmitem a doença para mais 130.

O governo informou que as polícias e Corpo de Bombeiro estarão nas ruas para garantir o cumprimento do que foi estabelecido no decreto. Mas que o objetivo inicial não é prender, mas orientar e evitar que haja abusos, como festas clandestinas, reuniões festivas para salvar vidas.

Veja o Decreto na íntegra.

Veja o pronunciamento neste link.

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