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Amazonas

Mulher e irmãos de senador Omar Aziz são preso em operação da Polícia Federal

Justiça Federal determinou sete mandados de sequestro de bens móveis e 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas, congelando cerca de R$ 92,5 milhões.

A empresária Nejmi Aziz, mulher do senador e ex-governador do Amazonas Omar Aziz (PSD), foi presa pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (19). Ela é um dos alvos da Operação Vertex, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e organização criminosa. Nejmi é vice-presidente estadual do PSD-AM e EM 2018 concorreu ao cargo de deputada estadual, mas não foi eleita.

Nejmi Aziz foi presa temporariamente pela PF. Os irmãos do senador e ex-governador do Amazonas, Omar Aziz, Amin, Mansour e Murad Aziz também foram presos. A lista inclui, ainda, o coronel da Polícia Militar Josenário Barracho Figueiredo (ex-chefe do gabinete de Omar) e os policiais militares Ricardo Campos e Paulo José Gomes da Silva.

A PF no Amazonas deflagrou a Operação Vertex, nova fase da Operação Maus Caminhos, para investigar crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa. Entre os alvos da investigação estão o ex-governador do Amazonas e atual senador Omar José Abdel Aziz e Nejmi Aziz.

Agentes cumprem no Amazonas, em Brasília e em São Paulo 49 ordens expedidas pela Justiça Federal – nove mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, sete mandados de sequestro de bens móveis e 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas, congelando cerca de R$ 92,5 milhões.

A Polícia Federal apura supostas entregas de dinheiro em espécie e negócios que teriam sido realizados para ocultar a entrega de valores dissimulados por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

Segundo a PF, o Supremo Tribunal Federal desmembrou a investigação porque foram encontrados indícios de que um ex-governador do Amazonas teria recebido ‘vantagens indevidas’ – por exercer o cargo de senador o político poderia ter direito a foro por privilegiado no STF.

Em razão do entendimento do Supremo de que foro por prerrogativa de função conferido aos deputados federais e senadores se aplica apenas a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas, o Ministro Dias Toffoli enviou a investigação ao juízo de 1ª instância, informou a PF, e assim, em janeiro deste ano, a investigação foi retomada.

A ‘Maus Caminhos’ foi deflagrada em setembro de 2016 para desarticular uma organização que desviava recursos públicos do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas. As outras fases da operação – a Custo Político, Estado de Emergência e Cashback – também tem relação com a ação deflagrada nesta sexta.

Na ‘Custo Político’ a PF apurou a prática de corrupção, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa por cinco ex-secretários de estado e servidores públicos.

Já a ‘Estado de Emergência’ chegou ao núcleo político do Poder Executivo estadual, e prendeu temporariamente o ex-governador do Amazonas Jose Melo por suposto envolvimento em desvios de recursos públicos na área da Saúde.

A Operação Cashback apurou o envolvimento de outras empresas em conluio, em relação as quais, suspeita-se que foram efetuados pagamentos embasados em notas fiscais falsas, sem a correspondente prestação de serviço, além de pagamentos por serviços superfaturados.

‘Vertex’

A Polícia Federal informou que o nome da operação, Vertex, é sinônimo da palavra vértice e ‘significa o ponto mais alto, o ápice, correspondendo ao alcance da investigação, que reuniu indícios robustos da prática de crimes pelo governador à época da criação da organização criminosa formada em torno do Instituto Novos Caminhos’.
O senador ainda não se manifestou sobre a operação.

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