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Amazonas

Morre vítima de 24 anos da queda de alegoria em festival de Manacapuru, no interior do Amazonas

A jovem que morreu era “cirandeira”, como são chamados os brincantes do Festival das Cirandas de Manacapuru.

Vívian Ramos da Silva, de 24 anos, uma das 23 vítimas da queda de uma alegoria do grupo de dança de Ciranda Flor Matizada, no Cirandródomo de Manacapuru, após a queda do guindaste, morreu, neste domingo (04/09, em decorrência dos ferimentos que sofreu, no último dia 28/08, no Festival de Cirandas do município, a cerca de 70 quilômetros ao Sul de Manaus.

A informação foi confirmada pelo Grupo Ciranda Flor Matizada, em sua conta no Instagram. O último boletim médico, do dia 1º de setembro, informava que o estado de saúde de Vívian estava “estabilizado” e que ela estava reagindo “satisfatoriamente”, no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, do governo do Estado, na Zona Centro-Sul de Manaus.

A jovem que morreu era “cirandeira”, como são chamados os brincantes do Festival das Cirandas de Manacapuru. Ela era autônoma, mas no dia do acidente atuava como dançarina da Flor Matizada, uma das três cirandas que disputam o festival.

Neste domingo, o Governo do Amazonas informou que 16 vítimas do acidente seguem internadas.

Dois pacientes estão internados no 28 de Agosto. Outros quatro pacientes que estavam na unidade e apresentavam quadro de saúde sem gravidade foram transferidos para a Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), referência para tratamento ortopédico, onde irão aguardar a realização de procedimentos cirúrgicos.
Nos HPS Platão Araújo e João Lúcio permanecem internados três pacientes em estado grave e cinco pacientes com quadro de saúde estável.

No Hospital Regional de Manacapuru, um paciente recebeu alta hospitalar e outro segue internado recebendo acompanhamento, conforme informou a secretaria de saúde do município (Semsa).

Há, ainda, um paciente que está internado em unidade da rede privada na capital.

O acidente

O acidente aconteceu na noite de domingo durante a apresentação da Ciranda Flor Matizada, que encerrava as apresentações do festival. A edição de 2022 tinha começado na sexta-feira (26), com a apresentação da Ciranda Guerreiros Mura. No sábado, houve apresentação da Ciranda Tropical, mas um temporal interrompeu a apresentação.
Vídeos que registraram o momento do acidente mostram que uma alegoria que estava suspensa pelo guindaste despencou de uma altura de aproximadamente 10 metros. Eu em um dos vídeos, é possível ver quando a ponta do guindaste enverga, levando a alegoria ao chão.

Também é possível observar que a estrutura caiu porque o cabo que segurava a alegoria acabou descendo depois que a ponta do guindaste envergou.
Ao todo, 23 pessoas ficaram feridas. Todas as vítimas estavam dentro da alegoria. Logo após o acidente, as vítimas foram atendidas ainda dentro da arena do festival. Parte delas foi levada para o hospital de Manacapuru e outros feridos foram transferidos para Manaus.

Investigação

O Departamento de Polícia Técnico-Científica do Amazonas (DPTC-AM) está investigando as causas do acidente. Os peritos estiveram na cidade de Manacapuru na segunda-feira (29/08).

De acordo com a diretora do DPTC, Margarete Vidal, foi constatada uma deformidade na estrutura do guindaste, mas ainda não é possível esclarecer a causa do acidente. O parecer definitivo sobre o que causou o acidente deve sair em 10 a 15 dias.

“O que podemos afirmar no momento é que houve uma deformidade da extremidade do guindaste que segurava aquela estrutura que caiu. Diante do que for encontrado hoje talvez seja necessário agregar mais peritos”, disse Margarete, em coletiva de imprensa na segunda-feira (29).

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