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Amazonas

Miriam Blos, maestrina do Coral Canarinhos da Amazônia, morre vítima da Covid em RR

Ela era coordenadora do coral e responsável por inserir crianças migrantes em um projeto de música na fronteira com a Venezuela.

Miriam era natural do Amazonas e atuava na música há mais de 20 anos. (Foto: Arquivo pessoal)

A maestrina Miriam Nascimento Blos, regente e coordenadora do coral Canarinhos da Amazônia Embaixadores da Paz (Aicaep) morreu aos 58 anos vítima da Covid-19, nesta segunda-feira (26), em Boa Vista. Miriam Blos, como era conhecida, deixou uma filha. As informações são do G1.

Miriam Blos estava internada em uma UTI do Hospital Geral de Roraima (HGR) e morreu devido a complicações causas pelo coronavírus. A maestrina estava na unidade desde o dia 16 de julho.

“Tantos foram os momentos de lágrimas, necessidade, às vezes, de querer ir embora, mas todas as vezes que ela via uma criança na rua, um idoso sem lar, alguém com fome, não tinha jeito! Lá, iniciava um processo de fazer um sopão com o que tinha em casa, para doar à aqueles que tinham fome, acompanhada de seus irmãos e a linda voz de sua filha. Deus sempre provia!”, destacou a Aicaep sobre a atuação de Mirian.
Miriam era natural do Amazonas e atuava na música havia mais de 20 anos. Era também projetista, linguista, teóloga e foi assessora parlamentar.

Ao lamentar a morte da maestrina, o coral Canarinhos da Amazônia agradeceu a contribuição dada por Miriam.

“Sua missão foi resgatar vidas e crianças para a cura através da música. Os Canarinhos nasceram a 6 mãos, mas a ASCCAM permaneceu desses 30 anos de coral, por 27 anos com a luta constante de Míriam Blos que se tornou mãe de tantos, que dividiu amor, cuidado, broncas e música à centenas de crianças que passaram pelos Canarinhos da Amazônia, e hoje seguem suas vidas e carreiras com dignidade”.

À frente do Canarinhos da Amazônia, Mirian montou um coral formado por crianças migrantes venezuelanas em Pacaraima, na fronteira com o país vizinho. Além do contato com a música, o projeto oferecia refeições diárias durante as atividades completares. O trabalho recebeu, inclusive, o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

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