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Amazonas

Ministro anuncia força-tarefa federal para ajudar o Amazonas a enfrentar a forte estiagem no estado

Em reunião com o governador Wilson Lima, o ministro Waldez Góes anunciou o repasse de recursos para a compra de alimentos, água e itens de saúde, entre outros

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional informou que, em reunião nesta terça-feira, o ministro Waldez Góes disse que será criada uma força-tarefa com participação de diversos ministérios e órgãos federais para auxiliar a população amazonense a enfrentar os transtornos causados pela forte vazante dos rios na Região.

Segundo o ministério, Waldez Góes, anunciou que o Governo Federal dará todo o apoio necessário ao Amazonas, que se prepara para enfrentar a estiagem no estado. A garantia foi dada em reunião com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o governador do Amazonas, Wilson Lima.

A expectativa do governo do Amazonas é de que a estiagem afete a distribuição de água e de alimentos para cerca de 500 mil pessoas no estado. No Norte do País, o transporte é feito principalmente por via fluvial e a forte estiagem deve fazer com que vários rios percam a navegabilidade. Já há casos de municípios isolados. Até o momento, 13 cidades já declararam situação de emergência e a previsão é que, até o fim do próximo mês, 59 dos 62 municípios do estado estejam nessa situação.

O ministro Waldez Góes enfatizou que a prioridade, no momento, é a ajuda humanitária. “Vamos estabelecer uma força-tarefa que vai contar com dezenas de ministérios e, junto ao governo do estado do Amazonas e as prefeituras, vamos entregar alimento, água, kits de higiene, itens de saúde e tudo o que está relacionado à sobrevivência das pessoas. A Força Aérea Brasileira e a Marinha do Brasil irão apoiar toda a logística de entrega desses mantimentos”, informou.

“Seguimos rigorosamente a legislação para liberar recursos para atender os municípios afetados. Aqui a gente trabalha em tempo real, sábado, domingo, feriado. O que for preciso fazer em termos de recursos e apoio ao governo do estado para apoiar a população, nós o faremos”, garantiu o ministro. Segundo o governador Wilson Lima, a população do Amazonas deve necessitar, durante a estiagem, de cerca de 300 mil cestas básicas.

Outra demanda apresentada pelo governador Wilson Lima é o apoio do Governo Federal no combate aos incêndios florestais, que são comuns na região durante o período de estiagem. “Nós já registramos algo em torno de 1.300 focos de queimada, sobretudo na Região Metropolitana de Manaus e no sul do Amazonas, próximo às divisas com os estados do Acre e Rondônia. Estamos em campo com cerca de 300 pessoas, entre bombeiros, integrantes das defesas civis municipais e brigadistas”, afirmou Lima.

Dragagem de rios

Em reunião, também nesta terça-feira, entre os ministros Waldez Góes, Renan Filho (Transportes) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), foram autorizadas obras de dragagem emergencial em um trecho de oito quilômetros do Rio Solimões e de dois pontos críticos na Região do Tabocal e Foz do Rio Madeira, próximo a Manaus. O investimento nas duas obras será de R$ 141 milhões.

A ministra Marina Silva ressaltou que desastres de grandes proporções devem se tornar mais comuns nos próximos anos. “Infelizmente, essa vai ser a realidade do Brasil devido à mudança do clima. Os eventos no Amazonas e no Rio Grande do Sul estão potencializados por esse motivo. Assim, não podemos agir só no emergencial, precisamos elaborar um plano de prevenção. Estamos tratando estruturalmente dessa questão, junto aos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, das Cidades e da Ciência e Tecnologia. Isso não existe no mundo, o Brasil será pioneiro”, destacou.

BR-319

Líder da Bancada Federal do Amazonas, o senador Omar Aziz (PSD-AM) cobrou investimentos na infraestrutura do Estado e ações para reabertura da BR-319 (Manaus-Porto Velho) que se encontra em condições precárias. “No Rio Madeira, por exemplo, a seca está impossibilitando a passagem de embarcações. O Alto Solimões está totalmente seco, comprometendo o abastecimento de componentes essenciais para a Zona Franca de Manaus. É fundamental que a estrada seja asfaltada, para evitar que o Estado fique isolado e sofra com a escassez de bens essenciais”, ressaltou.

 

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