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Amazonas

Ministra do Meio Ambiente diz que situação no Amazonas é de ‘extrema gravidade’ e apela para que a população interrompa as queimadas

“Mesmo com a redução de 64% nos níveis de desmatamento no Amazonas, ainda temos muita dificuldade”, disse Marina.

Ministra do Meio Ambiente Marina Silva. (Foto: Reprodução)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta sexta-feira (13/10) que a situação dos incêndios no Amazonas é de “extrema gravidade” e fez um apelo para que a população interrompa as queimadas. O número de focos de calor no Estado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já se aproxima de 3 mil.

Segundo ela, o governo federal está deslocando 150 brigadistas de outras regiões do país para auxiliar o Governo do Amazonas a combater o fogo. A expectativa, no entanto, é de que o cenário continue muito problemático até o final do mês de novembro.

A seca é resultado de uma combinação entre as mudanças climáticas, o fenômeno El Niño e os incêndios criminosos, tanto em áreas públicas quanto em terrenos privados.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, disse que o número de municípios em situação de emergência deve passar dos 60. Lembrou, ainda, que a operação logística para levar ajuda a essas cidades é “muito desafiadora”.

“Mesmo com a redução de 64% nos níveis de desmatamento no Amazonas, ainda temos muita dificuldade”, disse Marina, em referência ao grande número de incêndios criminosos. “Não há fogo natural na Amazônia”, afirmou a ministra.

Goes disse que haverá os recursos financeiros necessários para o atendimento da população em vulnerabilidade. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está acompanhando o problema e dando orientações aos ministros.

De acordo com o Ibama, os municípios de Autazes e Careiro Castanho concentram, até o momento, o maior número de focos de incêndios, sendo que grande parte da fumaça que atinge a capital Manaus é oriunda de Autazes.

O presidente do instituto, Rodrigo Agostinho, informou que a qualidade do ar na capital do Amazonas está mais de dez vezes pior do que o máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Este é o pior outubro de queimadas no estado da série histórica, apurada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde 1998. O órgão contabilizou até ontem (12) 2.770 focos de calor ativo. A onda de queimadas irregulares, provocadas por agropecuaristas, levou uma nuvem de fumaça que permanece em Manaus desde quarta (11).

Marina alertou que é preciso que prevenção deverá ser uma prioridade, com o agravamento das tragédias climáticas. “É um cenário bastante preocupante e que, portanto, vai exigir do poder público e da sociedade de um modo geral uma ação de consciência ao que está acontecendo no mundo. Nós não estamos mais vivendo com as regularidades climáticas com as quais nós convivíamos. Esse diagnóstico foi feito há mais de 30 anos e era dito e redito que este momento chegaria. Infelizmente, ele chegou”, comentou a ministra.

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