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Amazonas

Manaus registra 2.400 enterros em abril, três vezes mais do que em 2019, diz UOL

O número é quase três vezes maior do que os enterros realizados no mesmo mês do ano passado: 28 sepultamentos diários registrados em média em 2019.

A capital do Amazonas sofre colapso funerário e em seu sistema público de saúde, devido à pandemia do novo coronavírus. Surgem cada vez mais relatos de pessoas que morreram em casa, cujos corpos demoraram mais de 24 horas para serem recolhidos pelo serviço funerário municipal. Enterros coletivos em valas comuns passaram a ser realizados. As informações são do UOL.

Não é possível ligar esse aumento de enterros apenas à covid-19. Mas ainda não há outro elemento que justifique crescimento tão expressivo e abrupto no movimento dos cemitérios públicos manauaras. As autoridades admitem que cadáveres são levados às covas sem passar por testes para verificar o contágio.

Desde 19 de abril, mais de 100 pessoas são enterradas a cada dia na cidade. No dia 26, um domingo, quando foram realizadas 142 cerimônias fúnebres. Ontem, último dia do mês, foram 113 enterros. A Prefeitura de Manaus prevê pico de enterros no mês de maio, com até 4.260.

“Dos dez cemitérios públicos de Manaus, somente o Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona oeste, possui capacidade para novas sepulturas e já estava com nova área infraestruturada antes mesmo do início da pandemia. Nos demais cemitérios, só é possível realizar enterros se a família da pessoa morta já possuir uma sepultura no local”, afirmou a prefeitura em nota.

Câmaras frigoríficas foram instaladas no cemitério para agilizar os sepultamentos.

Segundo dados Ministério da Saúde, o estado tem a maior taxa de incidência da doença em todo o
Brasil. São 5.224 casos confirmados e 425 mortes.

Manaus poderá ser obrigada a sepultar as vítimas em sacos plásticos nas próximas semanas. A avaliação foi feita pela Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif),
que solicitou ao governo federal um avião de carga para o transporte de 2.000 urnas para a capital do Amazonas. Segundo a entidade, existem apenas mil urnas no estoque da cidade, uma das mais afetadas pela pandemia.

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