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Amazonas

Justiça prorroga prisão de ex-secretário de Inteligência do AM para evitar alteração de provas

MP-AM diz que prorrogação da medida medida é para evitar atuação dos envolvidos no sentido de alterar a situação ou influenciar na coleta de provas.

A pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) prorrogou, na última sexta-feira (6), a prisão do ex-secretário de Inteligência do Amazonas, Samir Freire, por mais 30 dias. Além de Samir, a Justiça também prorrogou as prisões de Adriano José Frizo, Jarday Bello Vieira e André Silva da Costa.

A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Segundo o MP-AM, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) informou que, em razão de elementos colhidos durante a Operação Garimpo Urbano e, ainda, em face de outros mais colhidos por diligências na investigação durante o período de prisão temporária dos envolvidos, entendeu por necessária a prorrogação da prisão em vigor em nome da eficácia de diversas outras medidas investigativas em andamento, dentre elas a oitiva de mais pessoas.

Segundo a nota do MP-AM, “há a preocupação de alcance dos objetos dos crimes apurados (o ouro) ou dos produtos e valores em que podem ter sido convertidos”. “Neste sentido, ressalta-se que a renovação da prisão se fundamenta em fatos novos e elementos concretos, não em meras possibilidades abstratas”, informa.

O Gaceo informou, ainda, que atua, neste momento, com medidas para contornar a constatação de que há influência direta de um ou mais envolvidos sobre o ânimo de pessoas que prestam depoimentos, bem de que os investigados tomaram conhecimento direto sobre a investigação sigilosa realizada por este Grupo. E que “medidas de contrainteligência alcançaram e desvelaram tais atos, já evidenciados nos autos, demonstrando a legítima preocupação de que, soltos, possam os envolvidos prejudicar a apuração dos fatos”.

A nota diz que prorrogação da medida medida é para evitar atuação dos envolvidos no sentido de alterar a situação ou influenciar na coleta de provas, enquanto seguem os trabalhos de investigação.

“O pedido em questão foi acolhido pelo Poder Judiciário em Decisão longamente fundamentada e tomada de forma colegiada, razão pela qual os envolvidos tiveram suas prisões prorrogadas por até 30 dias mais”, diz a nota.

Operação

Samir foi preso, no dia 9 de julho, na Operação Garimpo Urbano, do Ministério Público do Amazonas e da Polícia Federal, que investiga a ação dos agentes no desvio de cargas de ouro, obtidas durante abordagem aos transportadores.

De acordo com O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Samir e os policiais comparsas pediam dinheiro para liberar as cargas e ameaçavam empresários com flagrantes forjados. Além disto, foram desviados pelo menos 60 quilos de ouro.

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