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Amazonas

Irmãos indígenas encontrados na floresta são transferidos para hospital da criança em Manaus

Os dois meninos ficaram perdidos por 26 dias em uma área de floresta em Manicoré, sul do Amazonas.

Uma das crianças chegando ao hospital, em Manaus. (Foto:Airton Sena Gazel)

Duas crianças indígenas da etnia Mura que ficaram perdidas na floresta por 26 dias, chegaram no aeroporto Eduardinho, em Manaus, no final da manhã desta quinta-feira, 17/3, transferidas de Manicoré, em uma UTI aérea. Os meninos agora estão no Hospital e Pronto-Socorro da Criança, na Avenida Brasil, bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus.

Os irmãos Glaucon e Gleison, de 6 e 8 anos de idade, ficaram desaparecidos desde o dia 18 de fevereiro e foram localizadas na terça-feira (15), apresentando um quadro grave de desnutrição e escoriações na pele.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), uma aeronave bimotor, modelo Embraer EMB-110 decolou por volta das 8h44 da manhã desta quinta (17). Foram cerca de 2h30 de viagem.

Transferência

A transferência foi autorizada após uma decisão do Ministério Público do Amazonas, que expediu um ofício em que exigia que os dois fossem examinados por um especialista em até quatro horas. Caso não seja possível, a Justiça solicitou que eles fossem transferidos para Manaus.

A proposta é ter um diagnóstico preciso sobre o estado de saúde dos meninos. Os promotores consideram que diante do quadro grave de saúde, os irmãos precisam de atendimento especializado o mais rápido possível.

26 dias perdidos na floresta
Os irmãos Glauco e Gleison desapareceram no dia 18 de fevereiro, quando foram caçar pássaros na mata e não retornaram. As buscas foram encerradas pelo Corpo de Bombeiros, mas indígenas de aldeias que ficam em Capanã Grande, uma área indígena de Manicoré continuaram a procurar pelas crianças na região.

Após serem encontrados, noite de terça-feira (15), os irmãos foram levados ao Hospital Regional de Manicoré. Eles receberam hidratação, medicamentos e alimentação adequada. Porém, o hospital da cidade não tem UTI e nem pediatras.