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Amazonas

InfoGripe aponta aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças no Amazonas e mais dois estados

Amazonas e Rio Grande do Norte apresentam incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave em nível de alerta, risco ou alto risco.

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O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (31/07), aponta para um aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) nos estados do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, além de uma retomada do crescimento no Rio Grande do Sul.

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No cenário nacional, as ocorrências associadas ao VSR e à influenza A continuam em queda na maior parte do país. O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento dos casos de SRAG, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações, preparações e resposta a eventos de saúde pública. A atualização é referente à Semana Epidemiológica 30, de 20 a 26 de julho.

No agregado nacional observa-se sinal de queda nos casos de SRAG nas tendências de curto e de longo prazo. Este cenário reflete a manutenção da queda nas hospitalizações por influenza A e VSR na maior parte do país, porém ainda com níveis elevados de incidência. Em relação à Covid-19, os casos graves seguem em baixa na maior parte do país. No entanto, no Ceará verificou-se um aumento mais sustentado do número de casos de SRAG causados pelo vírus.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca que, mesmo com a tendência de queda, ainda se verifica um número alto do número de casos de SRAG em crianças e idosos nas últimas semanas. “Por isso, é importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19 e a influenza, já que essa é a principal forma de prevenção contra os casos graves”, recomenda.

O estudo aponta ainda um aumento de casos de SRAG entre os idosos no Pará. No entanto, por conta da falta de resultados laboratoriais mais recentes, ainda não é possível saber qual vírus tem sido responsável por esse aumento. “Seguimos recomendando alguns cuidados, como permanecer em isolamento ao apresentar sintomas de gripe ou resfriado. Mas caso não seja possível se isolar, é fundamental sair de casa usando uma boa máscara. O uso de máscara também é recomendado em locais fechados, com maior aglomeração de pessoas, incluindo os postos de saúde”, explica Portella.

Estados

Um total de 20 das 27 unidades da Federação apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

Além disso, apenas os estados do Amazonas e Rio Grande do Norte apresenta incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 30. O aumento ocorre principalmente nas crianças pequenas e está associado ao VSR.

Observa-se a manutenção ou retomada do crescimento dos casos de SRAG em crianças de até 2 anos, associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), no Amazonas, Roraima, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. No Pará, também ocorre um aumento de casos de SRAG na população idosa, porém ainda sem identificação do agente viral.

Mesmo com a tendência de queda na maior parte do país, os casos de SRAG entre crianças pequenas, associados ao VSR, permanecem em níveis elevados na maioria dos estados, com exceção do Amapá, Espírito Santo, Piauí, Tocantins, e do Distrito Federal. Entre os idosos, os casos de SRAG seguem em níveis de moderado a alto em diversos estados das regiões Centro-Sul, além de alguns do Norte e Nordeste.

As notificações dos casos graves por Covid-19 seguem em baixa na maioria dos estados. Apenas o Ceará tem mostrado indícios de crescimento dos casos de SRAG pelo vírus.

Capitais

Nesta atualização, apenas 2 das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Campo Grande (MS) e Vitoria (ES). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 17,4% de influenza A, 1,5% de influenza B, 47,7% de vírus sincicial respiratório, 31% de rinovírus e 4% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos e no mesmo recorte temporal foi de 57,6% de influenza A, 2,6% de influenza B, 17,7% de vírus sincicial respiratório, 15,3% de rinovírus e 6,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Brasil

Referente ao ano epidemiológico 2025, já foram notificados 145.517 casos de SRAG, sendo 77.661 (53,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 49.217 (33,8%) negativos e ao menos 8.971 (6,2%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado.

Dentre os casos positivos do ano corrente, observou-se que 26,1% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 46,1% de vírus sincicial respiratório, 23,2% de rinovírus e 7% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 17,4% de influenza A, 1,5% de influenza B, 47,7% de vírus sincicial respiratório, 31% de rinovírus e 4% de Sars-CoV-2 (Covid-19).


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