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Amazonas

ICMBio credencia três empresas para operação turística no Pico da Neblina, no Amazonas

As empresas Amazon Emotions, Ambiental Turismo e Roraima Adventures são as selecionadas para o credenciamento.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade divulgou o resultado do credenciamento para atuar em serviços de operação turística no Parque Nacional do Pico da Neblina, no Amazonas. Clique aqui para ver os resultados.

As empresas Amazon Emotions, Ambiental Turismo e Roraima Adventures são as selecionadas para o credenciamento.

Foram avaliados os seguintes critérios: experiências em operações de turismo na Amazônia; experiência profissional de turismo em terras indígenas ou comunidades tradicionais; experiência em operação de turismo em regiões montanhosas e locais remotos; atender ao Sistema de Gestão de Segurança para Operação Turística no Pico da Neblina, segundo as diretrizes da ABNT NBR ISSO 21101; e carta de anuência da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA), já que o serviço será prestado na terra indígena Yanomami.

O processo para reabertura do Pico da Neblina durou cerca de cinco anos. Por ser uma área de dupla afetação (território indígena e unidade de conservação), o ICMBio construiu junto aos yanomamis as diretrizes de turismo que deveriam ser adotadas pelos prestadores de serviço. Em 2018, foi publicado o Plano de Visitação Yaripo que norteia e estabelece as normas para turismo e alinha os interesses entre as instituições envolvidas. O ICMBio é responsável pelo credenciamento das operadoras, enquanto que a AYRCA fará a gestão do turismo com apoio dos órgãos públicos.

O Parque Nacional do Pico da Neblina abriga o ponto mais alto do país e, por isso, possui um grande potencial no turismo de aventura e de montanhismo.

No fim de setembro, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, assinou a carta que aprova o Plano de Visitação Yaripo, como é chamado pelos indígenas o ponto mais elevado do Brasil, com 2.995 metros. As visitações foram proibidas em 2003, após recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e determinação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e foram cogitadas novamente há cinco anos.

Sobre os passeios

Os passeios de ecoturismo yanomami terão como público turistas de aventura, sobretudo os aficionados por montanhismo. A intenção é aliar essa modalidade de turismo ao etnoturismo, com o propósito de valorizar também a cultura indígena local.

A partir dos termos do plano de visitação, fica estabelecido que as expedições deverão ter, no máximo, dez visitantes, um guia e uma equipe de carregadores, cuja quantidade de membros dependerá do total de visitantes. Os carregadores ficarão responsáveis por transportar itens de alimentação e acampamento dos excursionistas.

Até atingir o topo da montanha, é percorrido um trajeto de oito dias, que exige bom preparo físico dos caminhantes. Além do trecho trilhado a pé, os expedicionários devem atravessar outra parte a bordo de um barco, por dois dias.

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