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Amazonas

IBGE: Setor de serviços no Amazonas retrai -1,4% em junho, mas acumula avanço de 7,8% no semestre

Houve crescimento de 2,9% no mês de junho deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado.

O setor de serviços no Amazonas mostrou retração de -1,4% em junho nos índices comparativos mês/mês, imediatamente anterior (maio) deste ano. Os índices mostram, no entanto, que entre janeiro e junho de 2023, foi registrado um avanço de 7,8% no semestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve crescimento também de 2,9% também no mês de junho deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Brasil

O volume de serviços prestados no país registrou expansão de 0,2% em junho. Essa é a segunda taxa positiva seguida do setor, que acumula alta de 1,6% nesse período.

No primeiro semestre do ano, o setor acumula alta de 4,7%, e nos últimos 12 meses, de 6,2%. Na comparação com junho do ano passado, o volume de serviços cresceu 4,1%, 28ª taxa positiva seguida nesse indicador.

Com isso, o setor de serviços opera 12,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 1,5% abaixo do ápice da série histórica do IBGE, atingido em dezembro do ano passado.

Dezesseis unidades da federação acompanharam o resultado positivo do país em junho na comparação com o mês anterior.

Entre elas, os maiores impactos mais vieram de São Paulo (0,3%) e do Paraná (1,9%), seguidos por Distrito Federal (2,9%) e Minas Gerais (0,9%). Já a principal contribuição negativa veio do Rio de Janeiro (-2,4%).

Setores

Três das cinco atividades investigadas pela pesquisa cresceram em junho. Os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%) recuperaram parte da queda (-1,2%) acumulada nos dois meses anteriores.

“Entre os destaques dessa atividade estão as empresas de atividades jurídicas, as de administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade e as de engenharia”, diz o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Com avanço de 1,9% em junho, os serviços prestados às famílias acumulam ganho de 4,1% nos últimos três meses. “O segundo maior impacto sobre o índice geral veio dessa atividade, que foi impulsionada pelo crescimento da receita de empresas de restaurantes e de espetáculos teatrais e musicais”, destaca o pesquisador.

Já os serviços de informação e comunicação (0,5%) ficaram no campo positivo pelo segundo mês seguido, acumulando alta de 1,3% no período. Esse resultado está relacionado ao bom desempenho das empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet e de desenvolvimento e licenciamento de softwares.

No lado negativo, os transportes variaram -0,3%, após terem avançado 2,2% no mês anterior. O resultado foi pressionado por quatro segmentos: gestão de portos e terminais, o transporte aéreo de passageiros, o transporte rodoviário coletivo de passageiros e o transporte por navegação interior de carga.

“No caso do aéreo de passageiro, pode estar ligado ao aumento dos preços das passagens em junho. Nem sempre essa inflação causa queda na receita das empresas, mas, em geral, há essa correlação”, pontua Lobo.

O transporte de passageiros recuou 1,2% frente a maio, enquanto o de cargas avançou 0,6% na mesma comparação. Individualmente, o transporte de cargas foi o segmento que mais impactou o resultado positivo do setor de serviços em junho.

Além de informação e comunicação, o setor de outros serviços (-0,4%) também variou negativamente. O segmento havia avançado 0,8% em maio.

Comparação anual

Na comparação de junho de 2023 com o mesmo mês do ano passado, quatro das cinco atividades se expandiram, com destaque para o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,7%), que exerceu a principal contribuição positiva sobre o resultado geral.

Esse crescimento foi relacionado, principalmente, ao aumento de receita das empresas ramos de rodoviário de carga, transporte aéreo de passageiros, armazenamento, transporte por navegação interior de carga e navegação de apoio marítimo e portuário.

As outras atividades que avançaram nessa comparação foram informação e comunicação (5,6%), profissionais, administrativos e complementares (3,5%) e serviços prestados às famílias (5,8%). O setor de outros serviços (-1,4%) foi o único com queda frente a junho do ano passado.

De janeiro a junho deste ano, quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram. A maior contribuição para esse resultado veio do setor de transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,6%).

Também avançaram as seguintes atividades: informação e comunicação (5,3%), serviços profissionais, administrativos e complementares (4,4%) e serviços prestados às famílias (5,8%). Já o segmento de outros serviços ficou estável (0,0%) no primeiro semestre.

Na passagem de maio para junho, o índice de atividades turísticas variou -0,4%, após ter avançado nos dois meses anteriores, com ganho acumulado de 4,3% nesse período.

O segmento de turismo se mantém acima do patamar pré-pandemia (4,9% superior ao nível registrado em fevereiro de 2020) e se encontra 2,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.