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Amazonas

IBGE: com Wilson Lima, Amazonas teve maior aumento de pobreza do Brasil em 2019

O Estado teve o percentual que mais aumentou em todo o país, em comparação com o ano anterior, quando 45,7% da população estava nessa condição.

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Um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 47,4% da população amazonense estava abaixo da linha de pobreza, em 2019, no primeiro ano da gestão do governador Wilson Lima (PSC). Segundo os dados publicado pelo site G1 Amazonas, de um total de 4,1 milhões de pessoas, 1,9 milhões viviam nessa condição. Com esse resultado, o Estado teve o percentual que mais aumentou em todo o país, em comparação com o ano anterior, quando 45,7% da população estava nessa condição.

Em relação aos números do país, em 2019, o Brasil tinha cerca de 51,7 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.

Baseado na linha adotada pelo Banco Mundial, estabelecida para acompanhar a evolução da pobreza global, essas pessoas tinham rendimento domiciliar per capita de menos de US$ 5,5 (cerca de R$ 20 no câmbio da época) por dia em termos de Poder de Paridade de Compra (PPC), o que representa a média das linhas de pobreza encontradas em 15 dos países mais pobres classificados pelo consumo/renda per capita, segundo o IBGE.

O padrão considera que quanto maior o nível de renda média dos países, maior deve ser a linha de pobreza para que essa mantenha correspondência com o nível de rendimento médio daquela população. O Banco Mundial recomenda o uso das linhas de US$ 3,20 PPC para países de renda média-baixa e US$ 5,50 PPC para países de renda média-alta, grupo ao qual o Brasil pertence com outros 46 países.

Rendimento médio no AM

No Amazonas, o rendimento domiciliar per capita mediano – aquele ao qual até metade da população tem acesso – equivalia a 53,3% do rendimento médio (R$ 838) e foi de R$ 475, em 2019. Não alcançou, portanto, nem mesmo a metade do valor do salário mínimo nacional vigente nesse ano (R$ 998). Em Manaus, o rendimento médio foi de R$ 1.115, e o mediano, R$ 608, ou seja, abaixo do valor do salário mínimo.

O rendimento mediano do Amazonas em 2019 (R$ 475) foi inferior ao índice do Brasil (R$ 861) e também inferior aos rendimentos medianos da região Norte (R$ 511) e Nordeste (R$ 506), que são as que têm os menores rendimentos.

Ainda segundo o IBGE, ao longo dos anos, não houve grande variação nos rendimentos médio e mediano da população, mas observa-se que, no Amazonas, o rendimento mediano de 2019 (R$ 475) foi inferior ao de 2018 (R$ 485), que, por sua vez, voltava a crescer após dois anos de queda (2016 e 2017).

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