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Amazonas

IBGE: Amazonas perdeu 1º lugar do PIB per capita na Região Norte, em 2017

Em relação ao Norte, 2017 foi o primeiro ano na série em que o Amazonas não ocupou a primeira posição entre os maiores valores de PIB per capita da região, ficando atrás de Rondônia e Roraima.

O Amazonas perdeu pela primeira vez, em 2017, o primeiro lugar, a primeira posição do Produto Interno Bruto (PIB) per capita da na Região Norte, ficando atrás de Rondônia e Roraima. Também perdeu participação no PIB nacional, de 1,5% para 1,4%, permanecendo na 16º posição entre os Estados brasileiros, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa mostra que, em 2017, após dois anos consecutivos de queda, 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%), o PIB do Brasil voltou a crescer em volume: 1,3%, comparação com 2016. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. O PIB per capita é o resultado da divisão do PIB pelo número de habitantes.

O Amazonas, na quinta posição relativa à variação em volume do PIB em 2017, teve seu resultado influenciado pelo desempenho das indústrias de transformação (11,2%), relacionado à fabricação de equipamentos de informática, e do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (7,5%), que representavam juntos 38,5% de sua economia em 2016.

Maranhão (27º ) e Piauí (26º ), por sua vez, foram os menores PIB per capita do Brasil em 2017. Ao longo da série analisada, os dois estados nunca deixaram de ocupar as duas últimas posições, embora tenham trocado de posição algumas vezes. Entre as maiores perdas de posição relativa entre 2002 e 2017 estão o Amazonas, o Sergipe e o Acre, que caíram cinco posições cada um e passaram a ocupar a 14ª , 20ª e 22ª posição em 2017, respectivamente.

Entre as unidades da Federação, apenas Rio de Janeiro (-1,6%), Sergipe (-1,1%) e Paraíba (-0,1%) tiveram variações negativas, ocupando, respectivamente, a 27ª, 26ª e 25ª posições no ranking de variação de volume.

Na análise por Grande Região, as únicas que tiveram valor de PIB per capita médio maior que o nacional em 2017 foram a Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Ainda assim, os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, no Sudeste, e Goiás, no Centro-Oeste, tiveram razão entre seus PIB per capita e o PIB per capita do Brasil inferior a 1,0. Já os estados do Norte e Nordeste tiveram PIB per capita inferior à média nacional ao longo de toda a série.

O estudo ressalta que o Nordeste, apesar de ter participado com 14,5% do PIB nacional, apresentou razão entre seu PIB per capita e o PIB per capita do Brasil (0,53) inferior à razão da Região Norte (0,65). Isso ocorreu porque, proporcionalmente, o Nordeste tem mais população (27,6%) do que PIB (14,5%) em comparação ao Norte (8,6% de população e 5,6% de PIB). A mesma justificativa aplica-se aos ganhos de posição de Rondônia e Roraima sobre o Amazonas, já que este concentra proporcionalmente mais população (2,0%) do que PIB (1,4%).

O Sudeste continua perdendo participação na economia, mas ainda concentrou mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2017, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na semana passada, o IBGE revisou o PIB nacional de 2017 de 1,1% para 1,3%. Na análise por regiões, divulgada na pesquisa divulgada nesta quinta, o maior crescimento foi registrado pelo Centro-Oeste (3,9%), seguido por Norte (3,8%), Sul (2,4%) Nordeste (1,6%) e Sudeste (0,2%).

Renda perde

Segundo o IBGE, em 2017 foi a primeira vez na série da pesquisa em que a remuneração dos empregados perdeu participação no PIB em relação ao ano anterior, apesar de se manter como principal componente (44,4%) na análise pela ótica da renda.

“A redução se deve à queda no número de empregados com carteira de trabalho assinada, o que fez com que o crescimento nominal das remunerações (4,2%) fosse inferior aos 8% dos impostos líquidos de subsídios, sobre a produção e importação e 4,8% do excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto”, explicou o IBGE.

Veja o estudo Sistema de Contas Regionais – Brasil 2017.