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Amazonas

Governador do AM credenciou instituto alvo da operação da PF, hoje, no Rio de Janeiro

O Iabas foi credenciado por Wilson Lima como OS, para firmar contrato com o Estado, com a publicação do Decreto 42.241, no dia 29 de abril.

O Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) , organização social (OS) epicentro das investigações da Polícia Federal (PF) na Operação Placebo, que cumpriu mandados na residência do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witel (PSC), foi qualificado pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, do mesmo partido, para fazer contratos na área de saúde do Estado.

O Iabas foi qualificado por Wilson Lima como OS, para firmar contrato com o Estado, com a publicação do Decreto 42.241, no dia 29 de abril, mesmo depois que a secretária de Saúde Simone Papaiz indeferir o pedido de habilitação, em Portaria publicada no dia 13 de abril, no Diário Oficial do Estado (DOE).

O Iabas foi contratado pelo governo do RJ para a construção de sete hospitais de campanha. O governo do RJ anunciou R$ 1 bilhão para o combate à Covid-19. A maior parte desse orçamento – R$ 836 milhões – foi destinada para o Iabas em contratos emergenciais, sem licitação, para hospitais de campanha. Foram prometidas sete unidades em pleno funcionamento até o dia 30 de abril, mas nenhuma foi aberta no prazo.

O deputado federal do Rio de Janeiro Otonio de Paula (PRTB) afirmou, em vídeo postado na internet, a “mesma quadrilha formada para desviar recursos públicos se instalou no Rio de Janeiro e no Amazonas”. Segundo ele, “é a mesma quadrilha de contratos superfaturados na área da Saúde”, disse que o governador Wilson Lima é do mesmo partido de Wilson Witzel. E afirmou que “o mesmo grupo que comanda a Saúde no Amazonas – que também está superfaturando tudo lá – comanda a Saúde no Rio de Janeiro”. Para ele, “se a Policia Federal colocar a mão no grupo do Amazonas, vai colocar a mão do grupo no Rio de Janeiro”, disse.

A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta terça-feira (26) a Operação Placebo, sobre suspeitas de desvios na Saúde do RJ para ações na pandemia de coronavírus. São 12 mandados de busca e apreensão — um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC).

Witzel e sua mulher, Helena, são alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Outra operação da PF há duas semanas prendeu cinco pessoas, entre elas o empresário Mário Peixoto, que tem contratos de R$ 129 milhões com o governo do RJ. Os crimes investigados são de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Agentes saíram do Palácio Laranjeiras com um malote com documentos. Equipes da PF também foram mobilizadas para a casa onde Witzel morava antes de ser eleito, no Grajaú, e no escritório de advocacia do governador, que é ex-juiz federal. Witzel se manifestou e negou participar de qualquer esquema.

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