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Amazonas

Pandemia: com 116 casos, Amazonas é o quarto Estado em número de mortos

Entre pacientes infectados e suspeitos, 175 pessoas ocupam leitos de UTI, nas redes pública e privada

Nas últimas 24 horas, o Amazonas registrou 70 novos casos de Covid-19 e 16 mortes pela doença, somando 1.554 infectados, com 106 óbitos. As informações são do boletim divulgado hoje (15) pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). O Amazonas é o quarto Estado em número de mortos.

A maior parte (1350) dos casos está concentrada em Manaus, e, entre os 18 municípios do interior que já confirmaram infecções pelo vírus, Manacapuru segue com a situação mais preocupante, totalizando 111 casos e seis mortes.

Entre os 579 pacientes confirmados e suspeitos, 175 estão em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nas redes pública e privada. A ocupação deixa o sistema de saúde em patamar crítico. Segundo a secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, até a manhã de hoje, havia apenas 3 leitos de UTI vagos no Hospital Delphina Aziz, indicado pelo Estado como referência para tratamento de casos agravados de Covid-19.

A secretária afirmou que não há desassistência nos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs), mas que, em virtude da alta demanda, os profissionais dessas unidades estão priorizando os pacientes com síndrome respiratória. Ela reforçou o pedido para que a população só procure atendimento em caso de complicações.

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (15) o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. Os principais dados são:

1.736 mortes, eram 1.532 na terça, aumento de 13%
28.320 casos confirmados, eram 25.262, aumento de 12%
São Paulo tem 778 mortes e 11.043 casos confirmados
Em 7 dias, total de mortes subiu 84%
27% das vítimas tinham menos de 60 anos
27% das vítimas não estavam nos grupos de risco

Cloroquina

O infectologista da Fundação de Medicina Tropical (FMT) Marcus Lacerda afirmou que segue no Hospital Delphina Aziz o trabalho do grupo de pesquisadores que estuda a eficácia da cloroquina em pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Marcus disse que a FMT auxiliou o Ministério da Saúde a construir um guia de uso da substância em pacientes graves, com a recomendação de que fossem aplicadas mais baixas, que se mostraram seguras. Ele destacou que esse passo foi importante porque as doses mais altas, utilizadas em outros países, têm alta toxicidade. Ainda assim, os primeiros resultados apontam que a cloroquina não impede o agravamento do quadro dos infectados.