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Amazonas

Fundadoras de agência de notícias da Amazônia são homenageadas pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo

O presidente da Abraji, Marcelo Träsel, disse que as jornalistas são grandes defensoras da região amazônica, “sobretudo neste momento em que a floresta, os povos que lá vivem se encontram sob ataque.

As jornalistas Elaíze Farias e Kátia Brasil, fundadoras da agência Amazônia Real, foram homenageados no 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). A premiação, que reconheceu as profissionais como defensoras e símbolos do jornalismo e da Amazônia, foi realizada na noite de segunda-feira (23/08) de forma virtual.

O presidente da Abraji, Marcelo Träsel, disse que as jornalistas são grandes defensoras da região amazônica, “sobretudo neste momento em que a floresta, os povos que lá vivem se encontram sob ataque.

As jornalistas participaram da cerimônia na redação da agência Amazônia Real, em Manaus, obedecendo o protocolo sanitário da pandemia e com testagem contra o coronavírus realizada horas antes do evento.

“Quero agradecer aos jornalistas da Abraji, por essa homenagem e, principalmente as mulheres da Abraji, que estão fazendo de fato a equidade acontecer. Esse movimento é muito importante neste momento em que estamos sendo atacadas em nossa dignidade e profissão. É também um reconhecimento para uma mulher negra e uma indígena, para a diversidade e igualdade”, disse a jornalista Kátia Brasil.

“Estou extremamente emocionada. É algo inacreditável até. E realmente eu queria só dizer que as populações amazônicas não estão paradas no tempo. Elas estão sempre se reinventando e isso não é apenas uma forma de reinvenção para se manter, mas é uma estratégia de luta. É uma estratégia identitária”, disse Elaíze Farias.

Na Assembleia Legislativa do Amazonas, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) parabenizou as fundadoras da Amazônia Real, no grande expediente no “Elas montaram anos atrás o site Amazônia Real, que se dedica ao jornalismo investigativo. Esse jornalismo investigativo específico, mais ainda no que diz respeito a Amazônia, a causa dos índios, a defesa da Amazônia, evitar o desflorestamento, evitar as queimadas, a defesa da Amazônia no sentido mais amplo que se possa ter”, disse.

Jornalistas

Natural do município de Parintins, no Amazonas, Elaíze Farias é jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Tem mais de 25 anos de trajetória no jornalismo. Há mais de 15 anos, passou a atuar no jornalismo socioambiental, especializando-se na produção de grandes reportagens, com enfoque em povos indígenas e povos tradicionais. Entre os prêmios recebidos estão o Imprensa Embratel, Prêmio Onça-Pintada de Jornalismo e Prêmio Fapeam de Jornalismo Científico.

Com mais de 30 anos de carreira, Kátia Brasil é formada pela Faculdade de Comunicação e Turismo Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, em 1990. Na Amazônia foi repórter nas emissoras TV Educativa e TV Cultura, e dos jornais A Gazeta de Roraima, Amazonas Em Tempo, O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, abordando temas como meio ambiente, política, economia, direitos humanos, corrupção, narcotráfico e direitos das crianças, adolescentes e das mulheres. Em 1991 ganhou o prêmio Esso de Jornalismo Região Norte com reportagem “Bandeira do Brasil Hasteada na Fronteira”, publicada pelo jornal A Gazeta de Roraima. Em 2019 foi nomeada Women Journo Heroes (#JournoHeroes) da International Women’s Media Foundation (IWMF).

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