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Amazonas

Funcionários fazem protesto dentro de Secretaria de Saúde no Amazonas

Indignados, funcionários da saúde cobram equiparação salarial durante manifestação. Caso não sejam atendidos, técnicos de enfermagem podem entrar em greve geral

Técnicos de enfermagem protestam na sede da SES-AM – Foto: Reprodução Portal do Generoso

Técnicos de enfermagem do Regime Temporário (RET), que atuam na rede pública de saúde, realizaram uma manifestação dentro da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), na tarde desta sexta-feira (16/04), para reivindicar melhores condições de trabalho e cobrar equiparação salarial com os servidores concursados.

O técnico de enfermagem identificado apenas Semey ressaltou que o grupo de aproximadamente 40 técnicos de enfermagem que foi até a SES-AM solicita que a pasta iguale os salários dos servidores concursados com os do RET. “O salário-base do servidor público concursado chega até 2 mil reais e o nosso é de 1,7 mil. Sendo que eles trabalham dez plantões no mês e nós 13 plantões. Ou seja, já tem uma grande diferença. Eles têm vale-alimentação, onde recebem R$ 500 e nós não recebemos. Só recebemos o salário seco. Tem profissional (RET) que chega a ganhar 1,5 mil. Não temos nem vale-transporte”, declarou o técnico de enfermagem.

Greve

Graciete Mouzinho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas e Religiosas e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Amazonas (Sindpriv-AM), disse que se o Governo do Estado não equiparar os salários dos técnicos de enfermagem, a categoria poderá em discussão o indicativo de greve nos próximos dias.

“Mas uma coisa é certa, se a gente não conseguir uma resposta para que estes trabalhadores sejam vistos com dignidade e respeito, nós vamos chamar uma assembleia para deliberar um indicativo de greve porque não aguentamos mais. Perdemos mais de 80 profissionais da saúde. Afora os sequelados, que são mais de dois mil profissionais sequelados. E não há ajuda de ninguém”, disse a sindicalista.

Graciete destacou que a principal manifestação dos técnicos desta sexta é pela equiparação salarial dos servidores RETs com os concursados, além do pagamento de risco de vida, de tickt-alimentação, adicional noturno, que não vem para todos, e a redução de plantão de 13 para 10.

“Há uma discriminação. Tem de ser igual para todos, porque o nosso trabalhador tira 13 plantões e ganham muito pouco. Porque esses trabalhadores que estão aqui na linha de frente, sofrendo, doente, porque muitos estão sequelados, e, agora, recebem R$ 1582? Não vale a vida. Não dá nem para comprar medicação para eles usarem”, questionou.