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Amazonas

Festival Amazonas de Ópera retorna aos palcos de Manaus em 2025, de 15 de abril a 18 de maio

Criado em 1997, na gestão do então governador do Estado Amazonino Mendes (1938-2023), o Festival Amazonas de Ópera gerou importante impacto para a cultura e a economia criativa manauara.

Considerado o maior evento dessa expressão cultural na América Latina, o festival Amazonas de Ópera (FAO), na sua 26ª edição, será realizado entre os dias 15 de abril e 18 de maio de 2025, com apresentações no Teatro Amazonas e no Centro Cultural Palácio da Justiça, oferecendo ao público superproduções com alguns dos artistas mais consagrados do cenário da operístico contemporâneo.

De acordo com os organizadores, a programação reúne três óperas, três concertos e dois recitais e marca o início de um projeto de cooperação internacional que vai criar o “Corredor Criativo da Amazônia”. A iniciativa envolverá instituições culturais do Brasil, Colômbia, Portugal e a Áustria com o objetivo de promover o FAO internacionalmente, e inserir o festival e a cultura na agenda ambiental sustentável da Amazônia.

Os ingressos para os espetáculos estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e no site shopingressos.com.br. A programação inclui uma versão em concerto de La Bohème (Puccini), As Bodas de Fígaro (Mozart) e apresentações como o concerto lírico Oca à la Rossini e os recitais Belcanto e Canções Brasileiras.

A abertura será no dia 15 de abril, às 19h, com “La Vorágine”, uma ópera contemporânea baseada em um romance histórico colombiano, ambientado no ciclo da borracha. Os personagens saem da Colômbia com destino à capital amazonense, que vivia seu apogeu econômico devido à exploração do látex. A obra é uma coprodução Brasil–Colômbia e simboliza a entrada oficial do país vizinho no “Corredor Criativo da Amazônia”.

Composta por João Guilherme Ripper, a montagem é inédita e reúne cantores colombianos e brasileiros, além de equipes técnicas dos dois países.

De acordo com a organização do Festival Amazonas de Ópera, cerca de 280 pessoas estão engajadas diretamente na produção do evento – entre técnicos, solistas, coro e orquestra. A direção artística é do maestro Luiz Fernando Malheiro.

A programação do Festival de Ópera também contará com iniciativas voltadas à inclusão, como o espetáculo adaptado para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e o espetáculo OCA alla Rossini para estudantes de escolas da rede pública.

Reconhecimento

Criado em 1997, na gestão do então governador do Estado Amazonino Mendes (1938-2023), o Festival Amazonas de Ópera gerou importante impacto para a cultura e a economia criativa manauara. A partir do evento, os corpos artísticos do Estado começaram a ser montados e toda uma cadeia de trabalho da economia criativa foi estruturado, com destaque também para a expansão do setor hoteleiro e gastronômico no entorno do Teatro Amazonas.

Agora, o Festival inicia um novo capítulo cuja missão primordial é destacar a colaboração do setor cultural para a preservação da Amazônia brasileira. A diretora-executiva do evento, Flávia Furtado, destaca que a assinatura de convênios com grupos da Áustria, Colômbia e Portugal marca essa nova etapa, que vai beneficiar a classe artística em Manaus e Belém, além de ampliar as oportunidades de qualificação de mão de obra.

“A gente tem um fundo criado para dar suporte ao festival, cuja história de 25 anos nos habilita para o próximo passo, que é ser reconhecido como grande impulsionador de turismo, cultura e educação para a cidade de Manaus. O ‘Corredor Criativo’ vai envolver o Amazonas e o Pará, que têm os maiores festivais de ópera do país. A gente entende que precisa replicar essa experiência”, disse Flávia,

“Tem gerações de amazonenses que trabalham no teatro. É um projeto amazonense, para amazonenses porque 70% dos corpos artísticos e 80% dos trabalhadores técnicos são do Amazonas. E precisamos comunicar isso, porque o FAO é um projeto estruturante e sustentável que gera impactos para o meio ambiente e precisa ser incentivado e multiplicado”,a crescentou.

A proposta do “Corredor Criativo da Amazônia” será lançada no dia 16 de abril. Entre outras coisas, o objetivo é arrecadar recursos internacionais para fomentar ações estruturantes e de colaboração regional entre os membros do Corredor.

“A ideia é fazer o festival funcionar na primeira metade do ano e, no segundo semestre, o trabalho ficará centrado na formação da mão de obra local, parcerias técnicas e ações com educação para escolas e instituições públicas do Amazonas. Por isso, vamos buscar linhas de financiamento para a cultura e meio ambiente objetivando beneficiar as cidades da região amazônica”, informou Flávia Furtado.

Em conjunto com essa iniciativa, será lançado o Prêmio Carlos Gomes dentro do Concurso de canto de Cascais. A premiação é parte de uma estratégia de divulgação do Festival Amazonas de Ópera na comunidade europeia. Dando visibilidade não apenas ao FAO, mas ao Brasil e nossa história importante com o gênero operístico.

Confira a programação:

La Vorágine com João Guilherme Ripper (Ópera Binacional Colômbia – Brasil), no Teatro Amazonas – dias 15, 17 e 19 de abril, às 19h.

Recital Bradesco I – Belcanto, no Centro Cultural Palácio da Justiça – dia 20 de abril, às 19h.

La Bohème de Giacomo Puccini – dias 25 e 27 de abril, às 19h.

Innocenti Amori – cantatas e árias do Século XVII, no Teatro Amazonas – dia 26 de abril, às 19h.

Concerto lírico, no Teatro Amazonas – dia 1º de maio, às 19h.

Oca A La Rossini, no Teatro Amazonas – dia 3 de maio, às 19h.

Recital Bradesco II – Canções Brasileiras, no Centro Cultural Palácio da Justiça – dia 17 de maio, às 19h.

As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart.no Teatro Amazonas – dias 14, 16 e 18 de maio, às 19h.

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