Epidemiologista aponta aumento de 65% de novos casos de Covid-19 após ‘Viradão da Vacina’ no Amazonas

“A positividade dos exames de Covid-19, que já vinha em lenta ascensão desde maio, saltou de 18,4%, entre 07 e 11 de junho, véspera do ‘Viradão da Vacina’, realizado pelo governo do Amazonas, para 30,2%, entre 21 e 25 de junho, um aumento de 65%. O ‘Viradão’ ficou longe de alcançar a meta de vacinados e os objetivos populistas do governador Wilson Lima e do prefeito de Manaus David Almeida”, analisou o cientista.

Jesem Orelllana já havia classificado o ‘Viradão da Vacina’ como populismo sanitário e alertou as autoridades para um novo aumento de casos positivos de Covid-19 e o desperdício de vacinas em Manaus, por causa das aglomerações e desorganização no processo.

“Me antecipei a mais esta barbaridade sanitária e alertei que semanas depois seria inevitável o aumento de casos em Manaus. Tive que ouvir críticas infundadas de leigos com diferentes formações e posições ideológicas, mesmo sendo uma questão técnica e não de achismos desvairados. Portanto, aí estão os fatos e a realidade dura e crua, desperdício de vacinas, adoecimento e mortes evitáveis, bem como mais força ao letal Sars-Cov-2 e suas variantes, infectando e matando pessoas cada vez mais jovens e prejudicando, propositalmente, o controle da epidemia”, afirmou Jesem.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), informou, no último sábado, o registro 471 novos casos de Covid-19, totalizando 400.533 casos da doença no estado, sendo 185.966 em Manaus (46,43%) e 214.567 no interior do estado (53,57%). Segundo o boletim, foram confirmados três óbitos por Covid-19, ocorridos em Manaus no dia 25/06 , elevando para 13.267 o total de mortes.

Havia 391 pacientes internados em Manaus, sendo 201 em leitos (32 na rede privada e 169 na rede pública), 189 em UTI (35 na rede privada e 154 na rede pública) e um em sala vermelha. E outros 25 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 21 estão em leitos clínicos (4 na rede privada e 17 na rede pública), três estão em UTI na rede pública e um em sala vermelha.

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