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Amazonas

Em Manaus, preço da gasolina sobe quase R$ 1 após Petrobras aumentar preços nas refinarias

A Petrobras reajustou o preço da gasolina em 18,8%, na quinta-feira (10/03), em meio à disparada nos preços do petróleo no mercado internacional.

Deputado quer explicação sobre o novo reajuste no preço do combustível.(Foto: Félix Zucco / Agencia RBS)

O Instituto de Defesa do Consumidor do Amazonas (Procon-AM) constatou, nesta quinta-feira (10), em Manaus, a venda de gasolina por até R$ 7,49. No interior do estado, o preço do combustível é ainda maior, sendo comercializado a R$ 7,99 em Parintins e quase R$ 7,50 em Tefé. O aumento foi anunciado para valer a partir desta sexta-feira (11/3), mas logo após o anúncio alguns postos de Manaus já tinham elevado em quase R$ 1 o valor do combustível.

A Petrobras reajustou o preço da gasolina em 18,8%, na quinta-feira (10/03), em meio à disparada nos preços do petróleo no mercado internacional.

Segundo Alberto Azjental, professor e economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a gasolina tende a subir para R$ 7,84 na média nacional.

Ele estima também que o diesel pode ir de R$ 5,59, na média, para R$ 7. Já o gás de cozinha de 13 quilos, deve ir de R$ 102,52 para R$ 118,92.

Para chegar nesse número para a gasolina, o economista usou como ponto de partida o valor médio nacional da gasolina no final de fevereiro, de R$ 6,60, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP).

Em seguida, Azjental fez a conta do reajuste de hoje com base da composição do preço da gasolina, que, na média nacional é formado por 34% da Petrobras, 27% de ICMS, 11% em impostos federais, 14% em etanol andino e mais 14% no lucro dos postos de gasolina.

O especialista da FGV explica que os valores do ICMS e impostos federais seguem totalmente o reajuste da petroleira, o que resulta em um avanço total de 72% da composição do preço do combustível.

Já os 28% restantes, que pertencem aos distribuidores e ao etanol andino, são mais incertos. Para Azjental, não é possível cravar que os postos de gasolina vão repassar tudo para o consumidor, mas a tendência é que isso aconteça.

“Outro ponto é que, sempre que a gasolina sobe, o etanol vai junto. Então vendo todos esses fatores, a estimativa é que, no teto, é possível dizer que todo o reajuste será passado para o consumidor”, afirma.

Mas o economista pondera que esses valores são apenas estimativas.

Além disso, ele alerta que cada estado possui um valor de ICMS diferente, por isso, o preço final para cada lugar irá variar.

Recentemente, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), havia se posicionado de forma contrária aos reajustes da Petrobras.

Na semana passada, ele comentou que a Petrobras sabia da sua responsabilidade e o que poderia fazer para que os preços dos combustíveis no Brasil não disparassem apesar da alta internacional do petróleo devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Bolsonaro afirmou, em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais, que o lucro da Petrobras poderia ser diminuído em um momento de crise “para a gente não sofrer muito aqui” com a elevação dos preços dos combustíveis.

O presidente comentou que o preço dos combustíveis tem sido segurado no país pela desvalorização do dólar na comparação com o real, e disse que espera que a moeda norte-americana fique abaixo de US$ 5 em breve.

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