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Amazonas

Drone desenvolvido no Amazonas auxiliará no combate aos incêndios florestais

O aparelho criado por um professor da UEA, que é biólogo e doutor em ecologia e em ecologia ecossistemas, e um casal de meteorologista e engenheiro de software terá um preço mais acessível no mercado.

Um professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), junto com um casal de meteorologista e engenheiro de software, desenvolveu um drone capaz de captar dados dos incêndios e ajudar na tomada de decisões dos brigadistas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

E quando a floresta arde em chamas, líderes de equipes de brigadistas precisam ser rápidos sobre para que lado vai mandar a equipe e qual estratégia usará para o combate. Disso depende o sucesso da empreitada, a vida dos combatentes e a manutenção de mais um pedaço da biodiversidade amazônica.

“Para tomar a decisão, é preciso ter informações sobre a umidade do ar, a altura e a temperatura das chamas, a velocidade em que se propagam e a velocidade e direção do vento”, explica o professor da UEA, Jair Maia. Quanto mais rápido essas informações chegam aos combatentes, mais chance de sucesso tem o procedimento.

No campo, hoje, muitas das decisões são feitas com base no conhecimento dos combatentes, como avaliar o vento pelo balanço das folhas das árvores e ter noção da umidade do ar, pois quanto mais seco, mais rápido queima. Há drones no mercado que já fazem algumas dessas medições, a maioria importada, e seus preços, na casa dos R$ 70 mil, são inviáveis para os brigadistas que,na maioria, são voluntários. Só a câmera termal, por exemplo, custa R$ 25 mil.

Por isso, Maia e dois de seus alunos – o casal Patrícia, meteorologista, e Guilherme Guimarães, engenheiro de software -, estão desenvolvendo um aparelho com maior índice de nacionalização e de baixo custo. Também estão incluindo um dispositivo para medir quanto gás metano está sendo emitido pela queimada e imagem termal.

“Nosso desafio era que custasse menos de R$ 5 mil, mas, com a alta do dólar, se ficar perto de R$ 9 mil ficarei feliz”, afirma Maia. Ele ainda não conseguiu concluir os três protótipos que estão previstos para testes, porque a pandemia atrasou a entrega de sensores que precisam ser importados porque não há produção local. Além de atrasado, o produto que virá da China ficou mais caro, “porque tudo que vem de lá encareceu depois da Covid-19”, justifica o professor, que é biólogo e doutor em ecologia e em ecologia ecossistemas.

O projeto prevê versões portáteis do equipamento que possam ser fixadas em algum local, acoplados a um drone ou carregado nas mãos pelos combatentes. Por exemplo, ele poderá ser colocado em um mastro para obter as informações e repassar os dados para centros de controle e para o celular dos brigadistas. “Com os dados, eles terão segurança para decidir rapidamente a estratégia do combate”, afirma Maia. Para o professor, “o ideal seria que cada brigadista ou bombeiro tivesse um”.

Se provar ser eficaz e tiver preço acessível, o casal Patrícia e Guilherme vai criar uma startup para comercializar o drone, que ainda não tem nome definido. O projeto atualmente recebe recursos captados pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia por meio do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio). Foi o Idesam quem convidou o professor Jair e a Universidade do Estado do Amazonas para o desenvolvimento do projeto.

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