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Amazonas

Desmatamento na Amazônia cai 36% de janeiro a abril, aponta Imazon

Apesar da queda no desmatamento entre janeiro e abril, destruição da floresta amazônica no ano de 2023 ainda continua alta.

O desmatamento na Amazônia teve queda de 36% entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), nos primeiros quatro meses de 2023 a destruição da floresta chegou a 1.203 km², ficando atrás apenas de 2021 e 2022.

Entre os estados da Amazônia, Roraima e Tocantins apresentaram o maior aumento na destruição da floresta, segundo o monitoramento realizado por meio de imagens de satélites.

Apenas em abril, o desmatamento na Amazônia teve uma queda de 72%, passando de 1.197 km² em 2022 para 336 km² em 2023. Para o Imazon é necessário que a queda na destruição da floresta continue durante o “verão amazônico”, época de seca na região, entre maio e junho, quando a derrubada de árvores na região costuma ser maior.

“Essa redução observada em abril é positiva, porém a área desmatada ainda foi a quarta maior desde 2008 para o mês. Isso indica que precisamos implantar ações emergenciais de fiscalização, identificação e punição aos desmatadores ilegais nos territórios mais pressionados, focando nas florestas públicas que ainda não possuem uso definido e nas áreas protegidas, principalmente com a chegada do verão amazônico, onde historicamente o desmatamento tende a aumentar”, declara Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.

Com a situação mais crítica, Roraima registrou um desmatamento de 107 km² em 2023, uma alta de 73% em comparação com os 63 km² destruídos entre janeiro a abril de 2022.

Em Tocantins, a devastação da Floresta Amazônica teve um crescimento de 25%, passando de 4 km² de janeiro a abril de 2022 para 5 km² no mesmo período deste ano.

Entretanto, Mato Grosso, Amazonas e Pará seguem com as maiores áreas derrubadas, juntos foram responsáveis por 77% da floresta destruída nos primeiros quatro meses deste ano.

“Estamos reiteradamente alertando sobre o avanço do desmatamento no sul do Amazonas, na região de divisa com os estados do Acre e Rondônia, conhecida como Amacro, onde atualmente existe uma forte pressão pela expansão agropecuária”, alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

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