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Amazonas

Deputado denuncia lixo em corredores, trabalhadores sem salário e falta de remédios e insumos em maternidade do Amazonas

Parlamentar disse que encaminhou um ofício ao Departamento de Vigilância Sanitária, solicitando uma inspeção sanitária, em caráter de urgência, na maternidade Ana Braga.

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O deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) disse, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) que constatou lixo acumulado nos corredores, profissionais de limpeza há sete meses sem receber salários e estoque de medicamentos e insumos pela metade, em fiscalização na Maternidade Ana Braga, no bairro São José, zona leste de Manaus.

A maternidade é da rede estadual de saúde. Segundo o parlamentar, sacos de lixos nos corredores da unidade, colocando em risco de contaminação os pacientes, seus acompanhantes e os trabalhadores. “Banheiros, enfermarias, centros cirúrgicos e outros setores também estão sem limpeza e higienização”, disse.

Segundo ele, a situação é consequência do atraso no pagamento de salários dos profissionais terceirizados da empresa Limpa Mais, responsável pela prestação do serviço, que estão desde agosto de 2023 sem seus vencimentos.

Segundo ele, a unidade é referência de prematuridade, onde nascem 700 a 800 crianças por mês. “É inconcebível um hospital literalmente sujo. Banheiros sem papel higiênico, não tem nenhum tipo de produto de limpeza no hospital. Todos os serviços terceirizados estão em atraso e a empresa que faz a limpeza no hospital, está indo para o oitavo mês sem receber”, disse.

“Tinha que ter 23 colaboradores de limpeza, mas só tinham seis. Isso porque eles sabiam que eu iria lá, mas ficam normalmente de duas a três pessoas”, afirmou Wilker.

O deputado disse que, segundo a direção, a unidade está operando com 49% dos medicamentos necessários, já que dos 216 solicitados à Central de Medicamentos do Amazonas (CEMA), apenas 105 foram enviados. Já em relação aos Produtos Para Saúde (PPS), a maternidade conta com apenas 94 itens dos 189 requeridos à CEMA, ou 50% do necessário.

“Escutei depoimentos de mães que não conseguem ter um copo descartável para beber água. Uma senhora que, infelizmente, perdeu o seu bebê e o marido teve que levar uma garrafinha de água. Essa é a condição da saúde do Amazonas”, denunciou.

Ele disse que encaminhou um ofício ao Departamento de Vigilância Sanitária, solicitando uma inspeção sanitária, em caráter de urgência, na maternidade, para avaliar a situação das instalações e o cumprimento das normas e regulamentos sanitários.

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