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Amazonas

Deputado denuncia falhas técnicas na execução das obras da AM-010, que vão custar R$ 366 milhões

Parlamentar disse que levou um engenheiro ao local das obras, que constatou falhas na execução dos serviços de pavimentação.

O deputado estadual Dermilson Chagas informou, nesta quinta-feira, que foi ontem ao local das obras de recuperação da rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), acompanhado de um engenheiro e professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Rubelmar Azevedo, que, segundo ele, constatou falhas no processo de pavimentação e na segurança dos trabalhadores.

Dermilson disse que solicitou apoio do presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia no Amazonas (Crea), Afonso Lins, para acompanhar e analisar os serviços de recuperação da estrada, que vai custar, inicialmente R$ 366 milhões.

Segundo o deputado, o presidente do Crea disse que o órgão possui um grupo de trabalho que foi criado especificamente com o intuito de fiscalizar obras públicas e que irá realizar a fiscalização dos trabalhos que estão sendo feitos na AM-010, porque a entidade, também quer que a obra seja executada com qualidade.

“Quando eles vão ‘salgar’ essa areia que é jogada na pista em cima do breu, eles deveriam utilizar uma máquina para esse procedimento. A areia deveria estar seca e não molhada. Eles fizeram uma raspagem, incorporaram, passaram o trator com rolo de patas, passaram a motoniveladora, e mesmo assim deixaram a estrada cheia de buracos e imperfeições. E uma outra situação é a falta de segurança dos trabalhadores da obra. São questões técnicas que vão interferir na qualidade do asfalto”, disse o deputado.

Denúncias de indícios de corrupção

Dermilson lembrou que chamou a atenção para a os indícios de corrupção que envolvem a obra, quando denunciou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que recebeu a lista dos nomes das empresas que venceriam o processo licitatório um mês antes do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) do Governo do Amazonas ter homologado o resultado.

As empresas denunciadas pelo deputado forama Pomar Comércio de Derivados de Petróleo e Construção Eireli, Compasso Construções, Terraplanagem e Pavimentação Ltda, Iza Construções e Comércio Eireli, Ecoagro Comércio e Serviços Ambientais Ltda e Best Transportes e Construção Ltda. Todas fazem parte do Consórcio AM, que ganhou o a licitação.

“O Governo do Estado divulgou que 83 empresas concorreram nessa licitação, mas escolheram quatro, que não têm capacidade de executá-la, e isso vai trazer um problema para quem precisa”, afirmou, dizendo que é a favor da obra que, segundo ele, já demonstra claros indícios de corrupção. “Por isso, nós temos de monitorar e fiscalizar”, destacou.

Governador “mentiu”

Dermilson disse que o projeto inicial da obra não prevê a duplicação das pistas da estrada. E mostrou que, quando o governador Wilson Lima (PSC) anunciou a reforma, em 19 de junho de 2019, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) enviou nota à imprensa informando que seria lançado o edital de duplicação.

De acordo com o atual projeto, disse o deputado, haverá somente ampliação em 1,5 metro dos acostamentos ou faixas laterais para ambos os lados. A reforma terá, ainda, sub-base com misturas de solo e areia; base com mistura de solo, areia, seixo e cimento; 27 trechos de ampliação de 3ª faixa com 3,50 m de largura de pista; nova sinalização viária horizontal e vertical; revestimento em concreto asfáltico com espessura de 5 centímetros na pista central; e fresagem; execução de novo revestimento asfáltico com 5 cm de espessura nas pontes; e passagem suspensa para fauna.

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