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Amazonas

Covid-19: Gama provocou mais mortes de mulheres e jovens no Amazonas, aponta estudo brasileiro

Pesquisadores analisaram dois momentos de pico no estado: abril e maio de 2020 e janeiro de 2021.

Foram registrados seis óbitos somente no sábado (19) (Foto Edmar Barros_Estadão Conteúdo)

Um novo estudo conduzido por pesquisadores brasileiros apontou que a variante gama, identificada pela primeira vez em Manaus, provocou mais mortes de mulheres e jovens no estado do Amazonas. A análise foi publicada na revista The Lancet Regional Health.

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Os cientistas analisaram dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, plataforma que também registra casos e óbitos relacionados à Covid-19, e compararam dois períodos de pico de casos no Amazonas: entre abril e maio de 2020 (46.342 casos e 3.094 mortes), e janeiro de 2021 (61.273 casos e 3.664 mortes), quando predominou a variante gama.

Veja os dados do estudo:

– Aumento na proporção de mortes em mulheres: 34% para 47%
– Aumento de casos graves de SRAG em mulheres: 40% para 47%
– Índice de mortalidade em pessoas hospitalizadas entre 20 e 39 anos no segundo período foi 2,7 vezes o observado no primeiro período
– Em abril/maio de 2020, a média de idade entre os óbitos por Covid-19 era de 69 anos. Já em janeiro de 2021, esse número caiu para 65 anos
– Aumento de casos graves e mortes em pacientes sem comorbidades: de 43% e 31% na primeira onda, respectivamente, para 56% e 50% na segunda.

Para Eliana Nogueira Castro de Barros, uma das colaboradoras do estudo e gerente de epidemiologia do Centro de Farmacovigilância, Segurança Clínica e Gestão de Risco do Butantan, as mudanças observadas no padrão epidemiológico indicam que a variante gama apresenta uma diferença significativa no perfil de virulência e patogenicidade em relação à cepa original de Wuhan.

Para compreender as razões dessas diferenças, ela afirma que são necessários mais estudos específicos feitos diretamente com esses grupos em comparação com outros. “Assim seria possível entender se esses fatores podem ter sido atribuídos a aspectos individuais, biológicos ou comportamentais”, explica.

A informação é do G1.

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