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Amazonas

Covid-19: ação civil do MP-AM denuncia alta contaminação em prontos-socorros de Manaus

MP-AM pediu ao Judiciário que seja instituído um fluxo na rede estadual de saúde para separar os pacientes graves cardíacos e vasculares dos pacientes confirmados com Covid-19 ou suspeitos.

Os três prontos-socorro de Manaus estão praticamente funcionando para atender pacientes de Covid-19 e continuam sendo a porta de entrada para urgência e emergência, recebendo pacientes que acabam se misturando e se contaminando pelo novo coronavírus, situação que agrava o quadro de risco, inclusive com caso de morte.  A informação faz parte Ação Civil Pública impetrada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) solicitando à Justiça a criação de mais leitos hospitalares para tratar de pacientes com Covid-19 na cidade.

A dizer que a situação é “grave”, a ação informa que o PS 28 de Agosto, no último dia 13, tinha 63 pacientes de Covid-19 e que 349 profissionais de saúde apresentaram atestado médico por diversos motivos; o PS Platão Araújo tinha 52 pacientes e só 30 respiradores; e o PS João Lúcio tinha 60 pacientes com Covid-19, sendo 9 em macas e 10 em cadeiras, sentados.

O MP-AM pede à Justiça que obrigue o governo do Amazonas a ativar todos os leitos do Hospital Delphina Aziz e a contratação de leitos do Hospital Universitário Getúlio Vargas e do Hospital Beneficente Português.

Na ação, o MPAM também pediu ao Judiciário que seja instituído um fluxo na rede estadual de saúde para separar os pacientes graves cardíacos e vasculares dos pacientes confirmados com Covid-19 ou suspeitos, uma vez que o crescente número de pacientes criado pela pandemia não fez diminuir internações dos pacientes que já recorriam à rede de Saúde.

Na ação, no caso do Hospital Francisca Mendes, a referência local para problemas cardíacos, o MPAM requereu que a realização de teste rápido para o novo coronavírus seja obrigatória para internação, devido à alta letalidade de pacientes cardíacos infectados pelo vírus.

“Ademais, com a ampliação do número de leitos nos prontos-socorros para atendimento exclusivo dos pacientes de Covid-19, tem-se uma severa diminuição do atendimento regular da rede, que ocasionará danos graves, porquanto os demais problemas de saúde não deixaram de existir e de acometer à população em virtude da pandemia”, defende a ação.

O MP-AM também requereu a imediata retirada dos pacientes que se encontram internados em cadeiras e macas nos prontos-socorros de Manaus, com transferência para unidades de saúde onde possam ter a assistência em leitos. A compatibilização da oferta de leitos de UTI e leitos clínicos para pacientes Covid-19 à curva epidemiológica do novo coronavírus no Amazonas deverá ser demonstrada por um relatório quinzenal.

Veja a Ação Civil Pública.

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