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Amazonas

Conselho de secretários municipais alerta para nova onda epidêmica no Amazonas

Em análise emitida no último dia 10, COSEM-AM aponta para o risco de aumento de casos de Covid-19

Já foram registradas mais de 13 mil mortes por Covid no Amazonas- Foto: Aguilar Abecassis

O Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEM-AM) emitiu alerta no último dia 10 de novembro sobre o risco do aumento de casos de COVID-19, por meio da variante Delta, e nova onda epidêmica em pleno início de inverno amazônico.

Em nota técnica assinada presidente do Conselho, Franmartony Firmo, o CONSEM-AM baseado no estudo publicado na Revista Nature Computacional Sciense intitulado “Signature in the different COVID-19 pandemic waves across both hemisferes”, aponta um padrão semelhante de transmissão sazonal do vírus influenza e a transmissão do SARS-CoV -2 (Covid-19) elencando que os fatores climáticos favorecem ou limitam a propagação aérea dos vírus que provocam estas doenças.

“Quando avaliamos o comportamento da doença ao longo do tempo, podemos observar semelhanças entre as duas ondas epidêmicas no Amazonas. Ambas as ondas se propagaram e tiveram seu pico durante o período sazonal caracterizada pelo “inverno amazônico” onde ocorre a maior incidência das doenças provocadas por vírus respiratórios como Influenza A H1N1, Vírus Sincicial Respiratório VRS, Adenovírus, Parainfluenza, Metapneumovírus dentre outros. Padrões semelhantes também foram observados considerando os meses que houveram as maiores reduções inicialmente nos meses de junho a novembro, período este considerando inter epidêmico”, diz a nota técnica.

O Conselho compara também a incidência de mortes no período considerado de inverno amazônico nas duas primeiras fases da pandemia. “É possível evidenciar o padrão mais ajustado do comportamento sazonal do SARS CoV-2 quando se observa os óbitos ocorridos no período de março de 2020 a outubro de 2021. A partir dos primeiros casos de COVID-19 e a ocorrência de óbitos pela doença os padrões ficam mais evidentes e a redução dos óbitos acontecem após um aumento exponencial caracterizando o pico dos óbitos registrados, bem semelhante às doenças epidêmicas transmissíveis de comportamento sazonal. Na primeira onda se observa o pico acontecendo no mês de maio com redução em junho, já na segunda onda evidenciada pelo aumento entre a segunda quinzena de dezembro, observa-se que o pico ocorreu em janeiro e a partir de fevereiro nota-se a redução no número de óbitos e em junho já com número semelhante aos observados na primeira onda”, aponta o Conselho.

“Em ambos os períodos é observado que nos meses de junho/julho há redução dos casos e óbitos pela doença com evidência forte influência sazonal. É importante comparar os dois períodos e o mesmo padrão, com a redução em ambas as ondas a níveis semelhantes. É importante reforçar que esta avaliação não aborda questões relacionadas a dinâmica de transmissão e óbitos por Covid-19 e sim os aspectos semelhantes ao comportamento sazonal das demais doenças respiratórias provocadas por outros vírus, destacando períodos distintos de baixa, média e alta transmissão”, diz outro trecho da nota.
Delta
O Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEM-AM) aponta também para o risco iminente da terceira onda da Covid-19 sobretudo pela predominância da variante Delta e baixa cobertura vacinal, uma vez que apenas três municípios do Amazonas estão com cobertura acima de 70% da população vacinável com as duas doses do imunizante.
“É importante alertar para a predominância da variante Delta e o risco de nova onda epidêmica no Estado. O possível impacto deste evento pode influenciar no aumento de casos de internações já observados na primeira semana de novembro 2021 considerando as taxas de internações em leitos clínicos e de Unidade de Terapia intensiva (UTI) na rede pública e privada. Embora apresente um aumento discreto essa variação deve ser analisada com cautela e acompanhada com dados em tempo real da Vigilância Genômica o que pode direcionar tomadas de decisões pelas autoridades sanitárias”, observou a entidade.

O Conselho finaliza a análise ressaltando que “é importante ainda garantir as ações de vigilância e busca ativa de casos suspeitos bem como as medidas complementares principalmente a continuidade de uso de máscaras de proteção respiratória bem como as demais medidas como o uso de álcool em gel e evitar locais com aglomeração sempre que possível. O COSEMS – AM se coloca a disposição para auxiliar no que for necessário para o alcance e melhoria das coberturas vacinais nos municípios e reforça a necessidade da manutenção da medidas de prevenção a Covid-19 em consonância as Diretrizes do Ministério da Saúde e do Plano Estadual de Contingência para o enfrentamento da Pandemia no Amazonas”.

Confira a nota na íntegra.

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