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Amazonas

Compra de votos: Deputado critica manobra para beneficiar parlamentar na Assembleia

Deputado governista Abdala Fraxe, que é da base de apoio a Wilson Lima (PSC), tenta manobra para inocentar Joana Darc (PL)

O deputado estadual Wilker Barreto (sem partido) criticou nesta quarta-feira (08/09) o pedido de aditamento da representação de sua autoria contra a deputada Joana Darc (PL) por quebra de decoro parlamentar. A solicitação foi protocolada pelo presidente do Diretório Estadual do Podemos no Amazonas, Abdala Fraxe, na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).

Em pronunciamento na Sessão Ordinária desta quarta, Wilker afirmou que a medida de Abdala, segundo vice-líder do governo na ALE-AM, visa derrubar sua ação contra a deputada Joana Darc, após a mesma acusar sem apresentar provas, no dia 3 de dezembro de 2020, uma suposta compra de votos na eleição que definiu Roberto Cidade (PV) como presidente do Legislativo no biênio 2021-2022. Na ocasião, a parlamentar citou que os 16 deputados que votaram na chapa encabeçada por Cidade receberam R$ 200 mil.

“Numa medida desesperada do Governo, o deputado Abdala, que é governista declarado, ingressa na condição de presidente estadual do Podemos no intuito de suspender o processo de apreciação das palavras caluniosas praticadas pela Joana Darc. É um pedido de aditamento totalmente surreal, indecente e imoral, nós estamos falando de 16 deputados sendo chamados de corruptos”, ponderou Wilker, que protocolou denúncia contra Joana Darc na Comissão de Ética da Casa Legislativa (CEP-Aleam).

Wilker Barreto informou que a reforçar que a eleição de Roberto Cidade foi uma vitória do Parlamento estadual contra o governo, que nos bastidores articulava para lançar como candidata à presidência da Casa a antiga vice-líder do Executivo e atual secretária estadual de Assistência Social (Seas), deputada Alessandra Campêlo (MDB). O deputado pontuou ainda que as acusações infundadas da deputada podem atrapalhar os deputados citados no processo eleitoral de 2022

“O que nós vivemos naquela época foi histórico, pela primeira vez em décadas tivemos um presidente contrário aos interesses do Governo, e agora chega um documento sem nenhuma fundamentação jurídica e no intuito claro e desesperador de calar esta Casa? Nós não precisamos passar por um processo eleitoral que se avizinha tendo que se justificar nos quatro cantos do estado o que ocorreu aqui”, explicou Wilker.

Por fim, Wilker afirmou que não irá abrir mão da sua representação contra Joana Darc e pediu celeridade da Casa para apreciação da matéria. “Eu não abrirei mão do direito de ter o nosso nome aqui resguardado. O que eu peço e reitero é celeridade na apuração desse fato grave, o pedido de desculpas não tira o dolo e a necessidade desta Casa apurar”, finalizou o deputado.

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