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Amazonas

Comércio do Amazonas tem expectativa de abrir quase 2,8 mil vagas temporárias no fim do ano, aponta CNC

O país deve ter 262 mil vagas temporárias, um aumento de 8,14% em relação a 2022. O número é o mais alto desde 2014, quando foram geradas 299,7 mil vagas.

Foto: Agência Brasil

A perspectiva da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para a o mercado de trabalho na reta final do ano Amazonas é da geração de 2.797 vagas. De acordo com a pesquisa, o país deve ter 262 mil vagas temporárias, um aumento de 8,14% em relação a 2022. O número é o mais alto desde 2014, quando foram geradas 299,7 mil vagas.

O maior empregador será o comércio, com previsão de 173 mil postos, enquanto o segmento de hospedagem e restaurantes contribuem com 63 mil vagas. Em terceiro lugar, estão os transportes, com 17 mil vagas, seguido das atividades culturais e outros setores, que estão projetando um total de 7.651 postos.

São Paulo lidera as projeções regionais, com uma estimativa de 81 mil vagas temporárias para 2023. Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro vêm na sequência, com previsão de 30 mil, 20 mil e 16 mil empregos, respectivamente. Vendedores em lojas ou mercados estão no topo da lista, com uma projeção de 31 mil vagas. Para auxiliar administrativo, devem ser 19 mil vagas, seguido de trabalhadores de manutenção de edifícios, com 16 mil vagas.

A faixa etária entre 18 e 24 anos é a que mais procura essas oportunidades, representando 88 mil vagas, seguida pela parcela entre 30 e 39 anos, com 62 mil empregos. O salário médio deve ficar em torno de R$ 1,8 mil, um aumento de 6,1% em relação ao ano passado. Com a inflação atual em cerca de 4,5%, os trabalhadores podem ter ganho real de até 2%, o que é um sinal promissor em meio à recuperação econômica.

A taxa de efetivação dos empregos temporários depende da perspectiva para o ano seguinte. A expectativa dos empresários é positiva, com a previsão de que 12% das vagas temporárias se tornem efetivas no início de 2024. “Essa taxa de efetivação está intrinsecamente ligada ao cenário econômico mais amplo, que inclui uma inflação baixa e uma tendência contínua de queda nas taxas de juros”, explica o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes. Segundo ele, se o mercado de trabalho continuar impulsionando a economia, isso contribuirá para uma dinâmica mais sustentável a médio e longo prazos.

Esse otimismo é alimentado pela melhoria das condições de consumo, uma vez que a inflação, que atingiu mais de dois dígitos no ano passado, agora está em torno de metade desse valor. “O controle da inflação levou a uma queda nas taxas de juros e, como resultado, os bens duráveis estão voltando a ser adquiridos. Com a inflação sob controle, existe a tendência de que o comércio e os serviços se organizem e se tornem mais otimistas a médio e longo prazos, o que levará à criação de mais empregos”, analisa Fabio Bentes.

Apesar do crescimento do comércio eletrônico, as lojas físicas ainda desempenham um papel fundamental no mercado de trabalho. O setor de comércio e serviços está se preparando para uma temporada de contratações que começou em setembro e se intensifica na medida em que o Natal se aproxima. Em setembro, 10% das vagas são criadas, mas é em novembro que a busca por emprego atinge o auge, com 60% das vagas sendo abertas.

Além da sazonalidade, há outro fator que impulsiona o mercado de trabalho: o setor de serviços apresenta um nível de atividade 15% superior ao período pré-pandemia, tornando-se um dos principais motores da economia brasileira. “Isso é particularmente encorajador para aqueles que estão enfrentando a crise de desemprego, pois muitas das vagas disponíveis no comércio e serviços não exigem experiência ou qualificação elevada”, explica o economista da CNC. Ele enfatiza que 73% das vagas são destinadas a candidatos com ensino médio completo, abrindo portas para aqueles que anteriormente estavam à margem do mercado formal.

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