Amazonas
CNJ pune com disponibilidade juiz federal que atua no Amazonas
As investigações comprovaram que ele agiu por iniciativa própria, contrariando decisão judicial anterior, para conceder alvará de soltura a uma pessoa com quem mantinha relações pessoais.

O juiz da seção judiciária do Amazonas, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), João Bosco Costa Soares da Silva, recebeu do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a pena de disponibilidade por 90 dias. As investigações comprovaram que ele agiu por iniciativa própria, contrariando decisão judicial anterior, para conceder alvará de soltura a uma pessoa com quem mantinha relações pessoais. Sua decisão, no entanto, foi revogada em seguida.
O Processo Administrativo Disciplinar 0008044-66.2022.2.00.0000 foi julgado na terça-feira (8/4), durante a 5.ª Sessão Ordinária de 2025. O então relator do caso, conselheiro Bandeira de Mello, entendeu que houve a quebra do princípio de imparcialidade e indicava a pena de censura.
Ao apresentarem voto-vista, o corregedor nacional de justiça, ministro Campbell Marques, e o conselheiro João Paulo Schoucair divergiram do relator quanto à dosimetria da pena, votando pela disponibilidade com vencimentos proporcionais pelo tempo de serviço.
Em fevereiro deste ano, o juiz João Bosco já havia sido punido pelo CNJ em outro processo com a remoção compulsória. Ele respondeu por demonstrar postura reincidente e dura em relação a outros integrantes da magistratura e do Ministério Público Federal (MPF) durante correição parcial e outros processos e investigações disciplinares instauradas na Corregedoria do TRF-1.
Juíza
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) retirou de pauta, no dia 8 de abril, o julgamento do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra a juíza Cleonice Fernandes de Menezes Trigueiro, titular da 7ª Vara de Família de Manaus, sem acolher o pedido de revogação de seu afastamento cautelar. A magistrada segue afastada de suas funções por decisão do CNJ, que ainda não definiu nova data para o julgamento do mérito do processo.
A investigação teve início após a Corregedoria Nacional de Justiça realizar inspeção no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro de 2023. Durante a fiscalização, foram constatados processos paralisados e o descumprimento de um plano de ação previamente acordado, que previa a realização de nove audiências por dia para acelerar os julgamentos na vara da qual a juíza é responsável.
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