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Amazonas

Casos positivos de Covid-19 começam a perder força no Amazonas, mas país segue em alta

Estimativas do consórcio de veículos de imprensa apontam que o pico de transmissão da Covid no Brasil deve ocorrer daqui a duas semanas.

Vacinação contribui para a queda de casos no Amazonas. (Foto: Divulgação)

O Amazonas está entre os estados do Brasil com sinais de arrefecimento de casos de Covid-19. No Rio de Janeiro as infecções por coronavírus também começam a cair, enquanto Acre, Goiás e Rio Grande do Sul mostram certa estabilidade, com altas inferiores a 15% — parâmetro usado em estatísticas internacionais para dimensionar o espalhamento de doenças. Em 22 unidades da federação, porém, houve alta nos registros da última semana em comparação com a anterior.

Os dados são do consórcio de veículos de imprensa. O levantamento do O GLOBO comparou o total de casos de Covid-19 registrados entre 16 e 22 de janeiro com os números relativos à semana de 23 a 29 de janeiro.

Nesta terça-feira, 1/2, o país registrou 767 mortes por Covid-19, elevando para 628.132 o total de vidas perdidas no país para o coronavírus. A média móvel foi de 604 óbitos, 181% maior que o cálculo de duas semanas atrás. O índice não ficava acima de 600 desde 6 de setembro de 2021.

A queda nos casos de Covid começou a ocorrer na semana passada. A mudança no percurso das curvas do Rio e Amazonas aponta para o que se tem visto no mundo: o ápice da Ômicron tem duração curta, de aproximadamente dois meses. Depois do pico, os casos vão diminuindo gradativamente. Os dois estados são portas de entrada de turistas no Brasil, o que pode explicar a disseminação do vírus nessas regiões.

— Nós tivemos momentos diferentes da entrada da Ômicron nos estados. Provavelmente, no Rio e no Amazonas ela entrou primeiro, chegou ao pico e já está na descida. Em outros lugares, não — afirma Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com pós-doutorado em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins.

A epidemiologista ressalta, no entanto, que ainda não é hora de baixar a guarda. Como os estados estão em momentos diferentes, o país precisa seguir em alerta. O pico no Brasil deve acontecer por volta da segunda semana de fevereiro. ” Temos, portanto, mais duas semanas difíceis pela frente antes do número de casos descer”, diz.

Os especialistas classificam a Ômicron como um verdadeiro tsunami, provocando uma explosão de casos. Esse movimento foi observado na cidade do Rio de Janeiro, mas atualmente tanto o estado quanto a capital fluminense experimentam recuos. No município, houve uma redução de 30% nos registros da doença na comparação entre as duas últimas semanas. Já a curva estadual baixou 13,6%.

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