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Amazonas

Casos de indígenas com Covid-19 triplica a cada 5 dias; aldeia no AM tem 33 novos registros, diz O Globo

Distrito do Alto Solimões ultrapassou Manaus e já tem 38 exames positivos; em todo o Brasil já são ao menos 75 índios contaminados em três semanas.

Um almoço de confraternização na casa de um indígena infectado pelo novo coronavírus levou à contaminação de outros 31 da etnia Kokama, moradores da Aldeia São José, em Santo Antônio do Içá, interior do Amazonas, localizada na região do Alto Solimões. A informação foi confirmada na noite desta quinta-feira ao jornal O Globo pela Secretaria de Saúde do município. Além dos 31 infectados, outros dois já tinham dado positivo para a Covid-19: o anfitrião da festa, e uma mulher, também kokama. Com isso, os registros entre índios aumentaram 744% em pouco mais de uma semana no país.

No dia 13 de abril havia, de acordo com os dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), nove casos. Saltou para 26 no dia 18 e chegou a ao menos 75 testes positivos agora. Isso equivale a dizer que o número de registros triplicou a cada cinco dias. A Sesai ainda não tem esses novos números porque eles serão enviados nesta sexta-feira para a sede, em Brasília, atualizar o boletim epidemiológico ao fim da tarde.

Do primeiro caso registrado no país entre indígenas até hoje se passaram apenas três semanas.

Segundo o secretário de saúde de Santo Antônio do Içá, Francisco Ferreira Azevedo, foram coletadas 64 novas amostras da população, dos quais 43 deram positivos, 31 delas entre indígenas. “ É triste, só isso o que eu tenho a dizer. A gente se esforça para informar as pessoas, faz campanha de distanciamento social e aí não pode juntar amigos e parentes em um almoço de confraternização. Ainda mais na casa de uma pessoa que testou positivo – afirma Azevedo ao acrescentar que estão todos em isolamento domiciliar”.

Azevedo afirma ser bem difícil controlar isso nas aldeias, uma vez que os indígenas costumam se reunir com bastante frequência e compartilham muitas vezes o mesmo talher e prato. “ Mas vamos continuar nosso trabalho de prevenção para que os casos não aumentem ainda mais”, diz.

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